AS TRÊS TRANSFORMAÇÕES DO ESPÍRITO

O CAMELO, O LEÃO & A CRIANÇA

Nonfiction, Religion & Spirituality, Philosophy, Existentialism, Humanism, Ethics & Moral Philosophy
Cover of the book AS TRÊS TRANSFORMAÇÕES DO ESPÍRITO by CLEBERSON EDUARDO DA COSTA, Atsoc Editions
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Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA ISBN: 1230000247564
Publisher: Atsoc Editions Publication: June 20, 2014
Imprint: 1 Language: Portuguese
Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA
ISBN: 1230000247564
Publisher: Atsoc Editions
Publication: June 20, 2014
Imprint: 1
Language: Portuguese

(A5, 141 p.) -

I

A presente era Contemporânea (que alguns teóricos como Pablo Gentili, Boaventura de Souza santos e, mesmo Anthony Guiddens, preferem chamar de Pós-moderna), erigida, assim como a Moderna, a partir do “penso, logo existo” Cartesiano com seus ranços positivistas, sistematizando-se a sobreposição da razão sobre e/ou em detrimento da emoção e/ou, na mesma via, a sobreposição do espírito sobre e/ou em detrimento da alma, instituíram tragicamente os processos de racionalização das emoções, culminando-se no desenvolvimento da “arte racional da dissimulação” (dita inteligência emocional), sistematizando-a como uma espécie de valor social. Em outras palavras, as sociedades capitalistas ocidentais Modernas (e Contemporâneas), inauguradas por Descartes com o seu chamado “espírito cartesiano”, sintetizada e sistematizada na sua conhecida máxima “penso, logo existo”, tiraram dos homens as suas almas, as suas matérias e elegeram, instituíram, sacramentaram e/ou cristalizaram a razão, somente a razão, como a essência do ser humano.

II

Ora, mas o que seria um homem dotado somente de espírito (razão) e não também de alma (singularidade, subjetividade, sentimentos), sendo que, na alma de um ser está, entre muitas outras coisas, a sua realidade sensível, a sua expressão natural, a sua essência, a sua espontaneidade, o seu modo autêntico de ser diante dos outros seres durante a sua inserção na vida social?

III

Como se verá de forma mais aprofundada ao longo deste trabalho, um homem “desalmado”, dotado somente de espírito, somente de razão, é aquele que, entre muitas outras coisas:

É capaz de Amar sem amor;
É capaz de Fazer sexo sem vontade, sem amor e, até mesmo sozinho;
É capaz De Viver somente para trabalhar e não trabalhar para viver;
É capaz De Trabalhar somente pelo dinheiro;
É capaz De Se alimentar sem sentir e/ou estar com fome;
É capaz De Confundir necessidade com vontade;
É capaz De Não falar o que é verdadeiro, mas somente o que faz sentido e/ou o que é lógico, visando sempre algum benefício;
É capaz De Colocar a produtividade no lugar da atividade prazerosa;
É capaz De Usar suas emoções, a serviço da razão, para dissimular, ludibriar e alcançar seus objetivos;
É capaz de Ser conscientemente um desalmado e ver nisso um valor social.

Em outras palavras, citando Hannah Arendt:

“O que é verdadeiro para o espírito nem sempre é verdadeiro para a alma” e, nesse sentido, o Cartesianismo fez a sua escolha: preferiu ficar só com o espírito e abriu mão da sua alma. (1971 – A vida do espírito)

IV

Esta obra, nesse sentido, procurará aprofundar questionamentos sobre a condição humana e, ao mesmo tempo, apontar caminhos (do ponto de vista da retomada dos processos de humanização e de retomada da autonomia intelectual), buscando respaldo nas fundamentações epistemológicas de Hannah Arendt, Kant, Aristóteles, Nietzsche e muitos outros.

 

 

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(A5, 141 p.) -

I

A presente era Contemporânea (que alguns teóricos como Pablo Gentili, Boaventura de Souza santos e, mesmo Anthony Guiddens, preferem chamar de Pós-moderna), erigida, assim como a Moderna, a partir do “penso, logo existo” Cartesiano com seus ranços positivistas, sistematizando-se a sobreposição da razão sobre e/ou em detrimento da emoção e/ou, na mesma via, a sobreposição do espírito sobre e/ou em detrimento da alma, instituíram tragicamente os processos de racionalização das emoções, culminando-se no desenvolvimento da “arte racional da dissimulação” (dita inteligência emocional), sistematizando-a como uma espécie de valor social. Em outras palavras, as sociedades capitalistas ocidentais Modernas (e Contemporâneas), inauguradas por Descartes com o seu chamado “espírito cartesiano”, sintetizada e sistematizada na sua conhecida máxima “penso, logo existo”, tiraram dos homens as suas almas, as suas matérias e elegeram, instituíram, sacramentaram e/ou cristalizaram a razão, somente a razão, como a essência do ser humano.

II

Ora, mas o que seria um homem dotado somente de espírito (razão) e não também de alma (singularidade, subjetividade, sentimentos), sendo que, na alma de um ser está, entre muitas outras coisas, a sua realidade sensível, a sua expressão natural, a sua essência, a sua espontaneidade, o seu modo autêntico de ser diante dos outros seres durante a sua inserção na vida social?

III

Como se verá de forma mais aprofundada ao longo deste trabalho, um homem “desalmado”, dotado somente de espírito, somente de razão, é aquele que, entre muitas outras coisas:

É capaz de Amar sem amor;
É capaz de Fazer sexo sem vontade, sem amor e, até mesmo sozinho;
É capaz De Viver somente para trabalhar e não trabalhar para viver;
É capaz De Trabalhar somente pelo dinheiro;
É capaz De Se alimentar sem sentir e/ou estar com fome;
É capaz De Confundir necessidade com vontade;
É capaz De Não falar o que é verdadeiro, mas somente o que faz sentido e/ou o que é lógico, visando sempre algum benefício;
É capaz De Colocar a produtividade no lugar da atividade prazerosa;
É capaz De Usar suas emoções, a serviço da razão, para dissimular, ludibriar e alcançar seus objetivos;
É capaz de Ser conscientemente um desalmado e ver nisso um valor social.

Em outras palavras, citando Hannah Arendt:

“O que é verdadeiro para o espírito nem sempre é verdadeiro para a alma” e, nesse sentido, o Cartesianismo fez a sua escolha: preferiu ficar só com o espírito e abriu mão da sua alma. (1971 – A vida do espírito)

IV

Esta obra, nesse sentido, procurará aprofundar questionamentos sobre a condição humana e, ao mesmo tempo, apontar caminhos (do ponto de vista da retomada dos processos de humanização e de retomada da autonomia intelectual), buscando respaldo nas fundamentações epistemológicas de Hannah Arendt, Kant, Aristóteles, Nietzsche e muitos outros.

 

 

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