Um ano

Fiction & Literature, Literary
Cover of the book Um ano by Juan Emar, César Aira, Rocco Digital
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Juan Emar, César Aira ISBN: 9788581225463
Publisher: Rocco Digital Publication: April 1, 2015
Imprint: Language: Portuguese
Author: Juan Emar, César Aira
ISBN: 9788581225463
Publisher: Rocco Digital
Publication: April 1, 2015
Imprint:
Language: Portuguese

Considerado por Pablo Neruda o "Kafka chileno", Juan Emar (1893-1964) está entre os mais radicais ficcionistas das vanguardas latino-americanas de princípios do século 20. Dele o poeta também afirmou que "foi um grande ocioso que trabalhou toda a sua vida". Enrique Vila-Matas, por outro lado, prefere identificá-lo com César Aira, "seu herdeiro", ao que o próprio Aira rebate: Emar estaria mais próximo do pré-surrealista Raymond Roussel, com suas criações marcadas pela frieza maquinal, e seria um antecipador do polonês Witold Gombrowicz e seu "surrealismo mecanista e maníaco, um encanto raro, patafísico, aparentado com o de outros grandes solitários", como o mexicano Efrén Hernández, o equatoriano Pablo Palacio (publicado nesta coleção) e o argentino Macedonio Fernández. Ao contrário da experiência monumental do romance póstumo Umbral (a respeito construiu-se a lenda de que o original ocupava um baú inteiro), composto de cinco livros de diferentes gêneros - autobiográfico, metaliterário, paródico, ensaio, ficção científica e alucinação esotérica -, Um ano é o diário de um apressado, que se inicia com esse anúncio ("Hoje amanheci apressado") e encerra após doze breve capítulos, abrangendo apenas o primeiro dia de cada mês de um ano não identificado. Prisioneiro do cotidiano, Emar se liberta por meio das minúsculas coisas que, ao passar do tempo, se revelam grandiosas: a leitura do Quixote ou permanecer atravancado na esquina enquanto aguarda a chuva passar. Tudo em tal espera é dotado de graça melancólica de um Buster Keaton: "O homem, pelo seu tamanho, ocupa, mais ou menos, o ponto médio entre o átomo e a estrela; por isso, para ele é mais ou menos igual se ocupar do infinitamente pequeno ou do infinitamente grande". Pequeno ou grande, pouco importa: Juan Emar é um autor imprescindível da América de língua espanhola.

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

Considerado por Pablo Neruda o "Kafka chileno", Juan Emar (1893-1964) está entre os mais radicais ficcionistas das vanguardas latino-americanas de princípios do século 20. Dele o poeta também afirmou que "foi um grande ocioso que trabalhou toda a sua vida". Enrique Vila-Matas, por outro lado, prefere identificá-lo com César Aira, "seu herdeiro", ao que o próprio Aira rebate: Emar estaria mais próximo do pré-surrealista Raymond Roussel, com suas criações marcadas pela frieza maquinal, e seria um antecipador do polonês Witold Gombrowicz e seu "surrealismo mecanista e maníaco, um encanto raro, patafísico, aparentado com o de outros grandes solitários", como o mexicano Efrén Hernández, o equatoriano Pablo Palacio (publicado nesta coleção) e o argentino Macedonio Fernández. Ao contrário da experiência monumental do romance póstumo Umbral (a respeito construiu-se a lenda de que o original ocupava um baú inteiro), composto de cinco livros de diferentes gêneros - autobiográfico, metaliterário, paródico, ensaio, ficção científica e alucinação esotérica -, Um ano é o diário de um apressado, que se inicia com esse anúncio ("Hoje amanheci apressado") e encerra após doze breve capítulos, abrangendo apenas o primeiro dia de cada mês de um ano não identificado. Prisioneiro do cotidiano, Emar se liberta por meio das minúsculas coisas que, ao passar do tempo, se revelam grandiosas: a leitura do Quixote ou permanecer atravancado na esquina enquanto aguarda a chuva passar. Tudo em tal espera é dotado de graça melancólica de um Buster Keaton: "O homem, pelo seu tamanho, ocupa, mais ou menos, o ponto médio entre o átomo e a estrela; por isso, para ele é mais ou menos igual se ocupar do infinitamente pequeno ou do infinitamente grande". Pequeno ou grande, pouco importa: Juan Emar é um autor imprescindível da América de língua espanhola.

More books from Rocco Digital

Cover of the book Trilogia Patrick Modiano by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Histórias mal contadas by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Lisboa by Juan Emar, César Aira
Cover of the book A vida é um escândalo by Juan Emar, César Aira
Cover of the book História e utopia by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Mundo perdido by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Flores raras e banalíssimas by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Areia nos dentes by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Brochadas by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Malasartes by Juan Emar, César Aira
Cover of the book O regresso by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Desconstruir Duchamp by Juan Emar, César Aira
Cover of the book O livro da vida by Juan Emar, César Aira
Cover of the book As palavras & O tempo by Juan Emar, César Aira
Cover of the book Frenesi by Juan Emar, César Aira
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy