Author: | Herta Müller | ISBN: | 9788525051899 |
Publisher: | Globo Livros | Publication: | December 15, 2009 |
Imprint: | Globo Livros | Language: | Portuguese |
Author: | Herta Müller |
ISBN: | 9788525051899 |
Publisher: | Globo Livros |
Publication: | December 15, 2009 |
Imprint: | Globo Livros |
Language: | Portuguese |
A relação entre a literatura e a vida sob a opressão política é o fio condutor dos ensaios de Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio (Immer derselbe Schnee und immer derselbe Onkel, 2011), de Herta Müller, escritora alemã vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2009. Com o volume, o selo Biblioteca Azul da Globo Livros casa editorial da escritora no Brasil dá continuidade à publicação das obras da escritora, que já conta com o romance O compromisso, lançado em 2004, e os contos de Depressões, seu livro de estreia, que ganhou edição brasileira em 2010.Os ensaios dão conta da ligação entre criação artística e experiência pessoal, marcada pelos efeitos do terror e da repressão impostos pelo ditador Nicolau na Romênia, onde Herta Müller viveu antes de partir para a Alemanha. Em Cristina e seu simulacro, ela relata como, durante a época em que trabalha como tradutora em uma fábrica, é intimada a converter-se em espiã da polícia secreta romena. Numa reviravolta irônica e trágica, após recusar a proposta mesmo sob ameaças, passa a ser vista pelos colegas como colaboradora e é isolada: os mecanismos de difamação da ditadura impõem a punição velada.Em Um corpo tão grande e um motor tão pequeno, a escritora apresenta a figura do pai, motorista de caminhão e alcoólatra que ingressara voluntariamente na SS durante o regime de Hitler. Depois de sua morte é que Herta Müller começa a escrever. A mãe, que foi deportada pelo regime comunista e passou cinco anos num campo de trabalhos forçados, é apresentada no ensaio que dá título ao livro.É por esse caminho, entremeando memórias da infância e da juventude e relatos vívidos do cotidiano sob a vigilância da política secreta, que a escritora chega às reflexões sobre a importância da literatura, “que pode inventar, por meio da língua, uma verdade que mostra o que acontece ao nosso redor quando os valores descarrilam”. Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio traz também o discurso de agradecimento de Herta Müller por ocasião da entrega do prêmio Nobel de Literatura.Os próximos livros da autora publicados pelo selo Biblioteca Azul serão Herztier (A terra das ameixas verdes, título provisório), Der König Verneigt Sich Und Tötet (O rei faz uma reverência e mata, título provisório) e Der Fuchs War Damals Schon Der Jäger (Naquela época, o lobo já era o caçador, título provisório).
A relação entre a literatura e a vida sob a opressão política é o fio condutor dos ensaios de Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio (Immer derselbe Schnee und immer derselbe Onkel, 2011), de Herta Müller, escritora alemã vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2009. Com o volume, o selo Biblioteca Azul da Globo Livros casa editorial da escritora no Brasil dá continuidade à publicação das obras da escritora, que já conta com o romance O compromisso, lançado em 2004, e os contos de Depressões, seu livro de estreia, que ganhou edição brasileira em 2010.Os ensaios dão conta da ligação entre criação artística e experiência pessoal, marcada pelos efeitos do terror e da repressão impostos pelo ditador Nicolau na Romênia, onde Herta Müller viveu antes de partir para a Alemanha. Em Cristina e seu simulacro, ela relata como, durante a época em que trabalha como tradutora em uma fábrica, é intimada a converter-se em espiã da polícia secreta romena. Numa reviravolta irônica e trágica, após recusar a proposta mesmo sob ameaças, passa a ser vista pelos colegas como colaboradora e é isolada: os mecanismos de difamação da ditadura impõem a punição velada.Em Um corpo tão grande e um motor tão pequeno, a escritora apresenta a figura do pai, motorista de caminhão e alcoólatra que ingressara voluntariamente na SS durante o regime de Hitler. Depois de sua morte é que Herta Müller começa a escrever. A mãe, que foi deportada pelo regime comunista e passou cinco anos num campo de trabalhos forçados, é apresentada no ensaio que dá título ao livro.É por esse caminho, entremeando memórias da infância e da juventude e relatos vívidos do cotidiano sob a vigilância da política secreta, que a escritora chega às reflexões sobre a importância da literatura, “que pode inventar, por meio da língua, uma verdade que mostra o que acontece ao nosso redor quando os valores descarrilam”. Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio traz também o discurso de agradecimento de Herta Müller por ocasião da entrega do prêmio Nobel de Literatura.Os próximos livros da autora publicados pelo selo Biblioteca Azul serão Herztier (A terra das ameixas verdes, título provisório), Der König Verneigt Sich Und Tötet (O rei faz uma reverência e mata, título provisório) e Der Fuchs War Damals Schon Der Jäger (Naquela época, o lobo já era o caçador, título provisório).