Pássaros

Amar e ser amado, encontrar o amor é busca de todo jovem. São livres, e esse é o fato de se poder visualizar as narrativas. Encontro de desencontro. Os poemas em prosa se integram. O livro oferece uma viagem à imaginação das idéias de amor, naquela busca tão intensa que possuem os apaixonados. Você ama? Já amou aquela menina e ficou procurando meios de se aproximar dela. Imagine as coisas mais absurdas para esse encontro. Suba de balão, desça pela saída de emergência, suba escadas sem fim para achar um jeito de dizer aquilo que está guardado entre o estômago e a garganta.
Talvez, sabendo voar um pouco possamos compreender esse sentido tão bom do amar.Uma coisa indistinta, uma emoção que ocorre sem domínio em todos os recantos do mundo, mas que em si, você compreende.Mas até que ponto suportaria esperar? O texto foi escrito quando ainda provocado por meu pai, muito jovem apresentei a ele, e dessa vez fui aprovado.
Um pedaço:
"Você me ama?
Não sei. Acho que nunca amei ninguém.
É Pleonasmo, Cacofonia.
Eu substantivei.
Ninguém sou eu?
Não te conheço ainda.

Encontrei a fera na frente do prédio.
Entrei na casa da gata com a ferina, os olhos cheios.
Cumprimentei o amante de aluguel, aquele de anos de sono – ela olhou a ferina como se fosse para mim.
Estremeceu, amoleceu, adoeceu, rangeu os cílios, guardou os dentes, bateu na mesa de jantar e perguntou se eu estava bem."