(Sala bem mobilada em casa de Venceslau. É noite) Scena I GERTRUDES E DEPOIS SIMPLICIO Gertrudes (arrumando os moveis).—Como anda tudo em desarranjo! tambem não admira, parece que Rilhafolles se mudou cá para casa. O patrão com a mania do hypnotismo. Desde que fomos á Trindade ver a tal sessão, que não pensa n'outra cousa. O Simplicio, o creado, ás contas com a musica, constantemente de trombone na mão a atordoar-nos os ouvidos. A menina Elvira sempre triste e a chorar. O pae quer casal-a á força com o seu pupillo, um tal Felisberto que está a estudar em Coimbra, e tem, segundo diz o patrão, uma fortuna de mais de dez contos de réis. A menina, porém, morre de amores pelo visinho da pharmacia, o sr. Anacleto, um excellente rapaz, muito intelligente e muito amavel, mas que para o patrão tem um grande defeito: é pobre... (Entra Simplicio a tocar trombone, sem ver Gertrudes). Ai! que susto que você me metteu!... Simplicio.—Eu não lhe metti nada, menina Girtrudes
(Sala bem mobilada em casa de Venceslau. É noite) Scena I GERTRUDES E DEPOIS SIMPLICIO Gertrudes (arrumando os moveis).—Como anda tudo em desarranjo! tambem não admira, parece que Rilhafolles se mudou cá para casa. O patrão com a mania do hypnotismo. Desde que fomos á Trindade ver a tal sessão, que não pensa n'outra cousa. O Simplicio, o creado, ás contas com a musica, constantemente de trombone na mão a atordoar-nos os ouvidos. A menina Elvira sempre triste e a chorar. O pae quer casal-a á força com o seu pupillo, um tal Felisberto que está a estudar em Coimbra, e tem, segundo diz o patrão, uma fortuna de mais de dez contos de réis. A menina, porém, morre de amores pelo visinho da pharmacia, o sr. Anacleto, um excellente rapaz, muito intelligente e muito amavel, mas que para o patrão tem um grande defeito: é pobre... (Entra Simplicio a tocar trombone, sem ver Gertrudes). Ai! que susto que você me metteu!... Simplicio.—Eu não lhe metti nada, menina Girtrudes