Ao Farol

Nonfiction, Entertainment, Drama, Anthologies
Cover of the book Ao Farol by Virginia Woolf, Autêntica Editora
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Virginia Woolf ISBN: 9788582171974
Publisher: Autêntica Editora Publication: November 29, 2016
Imprint: Language: Portuguese
Author: Virginia Woolf
ISBN: 9788582171974
Publisher: Autêntica Editora
Publication: November 29, 2016
Imprint:
Language: Portuguese

Virginia Woolf passava as férias de verão, até os treze anos, na casa de praia da família em St Ives, na Cornualha, numa baía de onde se avistava o farol da ilha de Godrevy. Esses verões à beira-mar ficaram para sempre na sua memória. Sua amada mãe, Julia Stephen, renomada por sua beleza, morreu quando Virginia tinha treze anos. Ela teve aí o primeiro dos colapsos nervosos que a atormentariam pelo resto da vida. Com o pai, Leslie Stephen, historiador e alpinista, Virginia mantinha uma relação ambígua. Ele era, nas suas próprias palavras, "espartano, ascético, puritano". Mas também podia ser muito carinhoso para com os filhos. E foi pela leitura dos livros de sua biblioteca que Virginia, que nunca frequentou escola nem universidade, obteve toda a sua educação. Ao Farol é a transposição artística da memória dos verões passados em St Ives e da relação com os pais. Mas um romance, se bem concebido, nunca é um relato autobiográfico. Tal como no sonho freudiano, a artista procede por condensações, deslocamentos, deformações. O Sr. Ramsay não é Leslie Stephen. A Sra. Ramsay não é Julia Stephen. A pintora Lily Briscoe não é Virginia Woolf. E a Ilha de Skye, na Escócia, não é, obviamente, a baía de St Ives, na Inglaterra. E uma obra literária, poesia ou ficção, não é feita dos atos e eventos banais que constituem o material da vida cotidiana. Mas de revelações, de visões, de epifanias. A artista é uma vidente. Ela vê o que não vemos. E o ato artístico supremo consiste em transformar visões em palavras, em frases, em verbo. Em Ao Farol, as visões, os sons, as cores da infância de Virginia se transformam em imagens literárias, em sonoridades verbais, em coloridos estilísticos. Ela exerce aí, com virtuosidade invulgar, o privilégio supremo da verdadeira artista. Com sorte, teremos, ao lê-lo, as nossas próprias visões, desfrutando, assim, ainda que modesta e brevemente, do precioso dom da vidência. Não se pode querer mais.

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

Virginia Woolf passava as férias de verão, até os treze anos, na casa de praia da família em St Ives, na Cornualha, numa baía de onde se avistava o farol da ilha de Godrevy. Esses verões à beira-mar ficaram para sempre na sua memória. Sua amada mãe, Julia Stephen, renomada por sua beleza, morreu quando Virginia tinha treze anos. Ela teve aí o primeiro dos colapsos nervosos que a atormentariam pelo resto da vida. Com o pai, Leslie Stephen, historiador e alpinista, Virginia mantinha uma relação ambígua. Ele era, nas suas próprias palavras, "espartano, ascético, puritano". Mas também podia ser muito carinhoso para com os filhos. E foi pela leitura dos livros de sua biblioteca que Virginia, que nunca frequentou escola nem universidade, obteve toda a sua educação. Ao Farol é a transposição artística da memória dos verões passados em St Ives e da relação com os pais. Mas um romance, se bem concebido, nunca é um relato autobiográfico. Tal como no sonho freudiano, a artista procede por condensações, deslocamentos, deformações. O Sr. Ramsay não é Leslie Stephen. A Sra. Ramsay não é Julia Stephen. A pintora Lily Briscoe não é Virginia Woolf. E a Ilha de Skye, na Escócia, não é, obviamente, a baía de St Ives, na Inglaterra. E uma obra literária, poesia ou ficção, não é feita dos atos e eventos banais que constituem o material da vida cotidiana. Mas de revelações, de visões, de epifanias. A artista é uma vidente. Ela vê o que não vemos. E o ato artístico supremo consiste em transformar visões em palavras, em frases, em verbo. Em Ao Farol, as visões, os sons, as cores da infância de Virginia se transformam em imagens literárias, em sonoridades verbais, em coloridos estilísticos. Ela exerce aí, com virtuosidade invulgar, o privilégio supremo da verdadeira artista. Com sorte, teremos, ao lê-lo, as nossas próprias visões, desfrutando, assim, ainda que modesta e brevemente, do precioso dom da vidência. Não se pode querer mais.

More books from Autêntica Editora

Cover of the book Inclusão de pessoas com deficiência e/ou necessidades específicas - Avanços e desafios by Virginia Woolf
Cover of the book Telas da docência by Virginia Woolf
Cover of the book Novos Andarilhos do Bem - Caminhos do Acompanhamento Terapêutico by Virginia Woolf
Cover of the book Antropologia do Ciborgue by Virginia Woolf
Cover of the book O romantismo europeu - Antologia bilíngue by Virginia Woolf
Cover of the book Orlando: Uma biografia by Virginia Woolf
Cover of the book Dar corpo ao impossível by Virginia Woolf
Cover of the book Michel Foucault: Política – pensamento e ação by Virginia Woolf
Cover of the book A arte da brevidade by Virginia Woolf
Cover of the book Ser historiador no século XIX by Virginia Woolf
Cover of the book O circuito dos afetos by Virginia Woolf
Cover of the book Experiências étnico-culturais para a formação de professores by Virginia Woolf
Cover of the book Foucault: filosofia & política by Virginia Woolf
Cover of the book Manifestações ideológicas do autoritarismo brasileiro by Virginia Woolf
Cover of the book Quando a diversidade interroga a formação docente by Virginia Woolf
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy