Author: | Fernanda Young | ISBN: | 9788525062734 |
Publisher: | Globo Livros | Publication: | June 2, 2016 |
Imprint: | Globo Livros | Language: | Portuguese |
Author: | Fernanda Young |
ISBN: | 9788525062734 |
Publisher: | Globo Livros |
Publication: | June 2, 2016 |
Imprint: | Globo Livros |
Language: | Portuguese |
Fernanda Young não só tece palavras nos textos que escreve. Mais do que isso, a autora trava, no fluir criativo de seus poemas, um verdadeiro embate apaixonado com as palavras, que, segundo ela, a salvam de “uma agústia insustentável”. Fruto de um processo singular na obra da escritora, A Mão esquerda de Vênus, lançamento da Globo Livros, presenteia os leitores com seus versos íntimos, permeados por desenhos, anotações, fotografias e bordados além do projeto gráfico de Daniel Trench. Com 11 obras publicadas em uma trajetória literária de 20 anos, Young reúne novamente suas poesias em livro, o segundo do gênero após Dores do amor romântico.
A relação de Young com a poesia não é de hoje e tem um caráter especial em sua produção. Foi sua obsessão pela palavra, dita ou impressa no papel, que a levou a driblar sua antiga dificuldade de ler e compreender a escrita. “A língua portuguesa nunca me deixou desistir. Sou uma romancista que escreve roteiros, que atua caso precise contar uma história, mas que começou escrevendo poemas, na verdade, devido à dislexia”. Também por essa razão que o leitor encontrará, nas páginas do livro, essa devoção amorosa pela palavra e pela estrutura própria do poema.
“Poesia é mesmo uma estrutura cruel, visto que, se não conseguimos ler corretamente um poema, ele não fará sentido algum. Há versos que, sozinhos, contam páginas e páginas de uma história; outros encerram, na medida cirúrgica, exatamente o que querem dizer. É como se um romance coubesse ali”, afirma a autora, que reúne no livro poemas criados nos últimos dez anos.
Contudo, a ideia de A mão esquerda de Vênus nasce de um “encontro”. Há alguns anos, a escritora encontrou, em uma caixa cheia de livros de sua amiga Monica Figueiredo, um maço de cartas amarrado em uma fita de cetim. Em meio à biblioteca que criou para abrigar a doação de dezenas de livros da família Figueiredo, ela e sua irmã, Renata Young, descobrem cartas de amor instigantes e misteriosas de Laurinha, mãe de Monica, que as autorizou a seguir na leitura. Young acredita que a arrebatadora identificação com a autora daquelas cartas, tardiamente descobertas e escritas em lindos papéis finos, foi o elemento desencadeante do livro.
Revelada nas cartas e diários escritos por Laurinha desde a adolescência até antes de sua morte, aos 69 anos, a história de amor vivida pela amiga provocou em Young uma profusão de sentimentos e sensações que a artista eterniza em sua arte poética. “(...) Pelo que entendi, eles formaram um casal andarilho, ora proibidos, ora assumidos, apaixonados, etílicos. Ela, mais velha que ele; ele, às voltas com uma mulher cheia de manias taurinices , lenços, chapéus, pulseiras, músicas, poesias, batons, filhas, anéis, uísques, caixinhas, cartões postais. Acumuladora, contadora de histórias, escritora de diários”, afirma Young no prefácio do livro.
Com palavras cortantes, cruas, mas também com outras doces e românticas, Young fala, portanto, em A mão esquerda de Vênus, do sentimento de amor. O amor em sua maior potência. Seu poder de seduzir e de destruir a si e ao outro. Tão transbordante que ora se reverte também em homenagens a amigas e amigos, com poemas dedicados a Betty Lago, entre outras pessoas do círculo íntimo da escritora.
Fernanda Young não só tece palavras nos textos que escreve. Mais do que isso, a autora trava, no fluir criativo de seus poemas, um verdadeiro embate apaixonado com as palavras, que, segundo ela, a salvam de “uma agústia insustentável”. Fruto de um processo singular na obra da escritora, A Mão esquerda de Vênus, lançamento da Globo Livros, presenteia os leitores com seus versos íntimos, permeados por desenhos, anotações, fotografias e bordados além do projeto gráfico de Daniel Trench. Com 11 obras publicadas em uma trajetória literária de 20 anos, Young reúne novamente suas poesias em livro, o segundo do gênero após Dores do amor romântico.
A relação de Young com a poesia não é de hoje e tem um caráter especial em sua produção. Foi sua obsessão pela palavra, dita ou impressa no papel, que a levou a driblar sua antiga dificuldade de ler e compreender a escrita. “A língua portuguesa nunca me deixou desistir. Sou uma romancista que escreve roteiros, que atua caso precise contar uma história, mas que começou escrevendo poemas, na verdade, devido à dislexia”. Também por essa razão que o leitor encontrará, nas páginas do livro, essa devoção amorosa pela palavra e pela estrutura própria do poema.
“Poesia é mesmo uma estrutura cruel, visto que, se não conseguimos ler corretamente um poema, ele não fará sentido algum. Há versos que, sozinhos, contam páginas e páginas de uma história; outros encerram, na medida cirúrgica, exatamente o que querem dizer. É como se um romance coubesse ali”, afirma a autora, que reúne no livro poemas criados nos últimos dez anos.
Contudo, a ideia de A mão esquerda de Vênus nasce de um “encontro”. Há alguns anos, a escritora encontrou, em uma caixa cheia de livros de sua amiga Monica Figueiredo, um maço de cartas amarrado em uma fita de cetim. Em meio à biblioteca que criou para abrigar a doação de dezenas de livros da família Figueiredo, ela e sua irmã, Renata Young, descobrem cartas de amor instigantes e misteriosas de Laurinha, mãe de Monica, que as autorizou a seguir na leitura. Young acredita que a arrebatadora identificação com a autora daquelas cartas, tardiamente descobertas e escritas em lindos papéis finos, foi o elemento desencadeante do livro.
Revelada nas cartas e diários escritos por Laurinha desde a adolescência até antes de sua morte, aos 69 anos, a história de amor vivida pela amiga provocou em Young uma profusão de sentimentos e sensações que a artista eterniza em sua arte poética. “(...) Pelo que entendi, eles formaram um casal andarilho, ora proibidos, ora assumidos, apaixonados, etílicos. Ela, mais velha que ele; ele, às voltas com uma mulher cheia de manias taurinices , lenços, chapéus, pulseiras, músicas, poesias, batons, filhas, anéis, uísques, caixinhas, cartões postais. Acumuladora, contadora de histórias, escritora de diários”, afirma Young no prefácio do livro.
Com palavras cortantes, cruas, mas também com outras doces e românticas, Young fala, portanto, em A mão esquerda de Vênus, do sentimento de amor. O amor em sua maior potência. Seu poder de seduzir e de destruir a si e ao outro. Tão transbordante que ora se reverte também em homenagens a amigas e amigos, com poemas dedicados a Betty Lago, entre outras pessoas do círculo íntimo da escritora.