A CONDIÇÃO HUMANA DESUMANA

Nonfiction, Social & Cultural Studies, Social Science, Sociology, Urban, Science & Nature, Science, Other Sciences, Philosophy & Social Aspects, Anthropology
Cover of the book A CONDIÇÃO HUMANA DESUMANA by CLEBERSON EDUARDO DA COSTA, ATSOC EDITIONS
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Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA ISBN: 1230000233356
Publisher: ATSOC EDITIONS Publication: April 15, 2014
Imprint: 1 Language: Portuguese
Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA
ISBN: 1230000233356
Publisher: ATSOC EDITIONS
Publication: April 15, 2014
Imprint: 1
Language: Portuguese

(FORMATO A5, 320 PÁGINAS)

(...)[1] “Para que o homem possa ser capaz de transformar (a sociedade ou a sua condição sócio-existencial) é preciso, antes, que ele seja capaz de transformar-se”.

Nesse sentido, para poder transformar-se é preciso também poder pensar e, sendo assim, pensar significa “libertar-se das ideologias que - embrutecendo o pensamento - fazem com que os homens deixem de ser seres racionais, “homo sapiens” e/ou homo intelectos, e se transmutem em “homo faber” e/ou animais irracionais, existindo apenas como técnicos e/ou especialistas do saber, alienados para a compreensão simultânea das partes e do todo, culminados num estado de “animalização” e/ou de uma “condição humana sócio-existencial inumana, desumana e/ou inautêntica.”

Em outras palavras, para poderem transformar, os homens precisam se libertar de uma “condição humana inumana e/ou desumana”, há séculos sistematizada, motivada pelos valores Cartesianos, Positivistas, Pragmáticos, construídos estes por meio de símbolos, formas fragmentadas socialização, especializadas de aprendizagem e de inserção no mundo do trabalho, mediante o avanço das ciências, atreladas estas ao desenvolvimento do capitalismo, com suas revoluções industriais.

Outra dimensão desse processo de irracionalidade instituída e/ou sistematizada, como um valor social nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas, está, também, dada aquela que é diretamente causada e fomentada pela “Indústria Cultural”, onde, por meio dela e para ela, são construídos e mantidos os chamados:

“Espectadores médios”;
“Leitores médios”;
Indivíduos intelectualmente medianos e/ou medíocres, aos quais são atribuídas também:
Certas “capacidades mentais médias”, numa espécie de sistematização, fora e dentro das próprias instituições “educativas” ideológicas de Estado, sintetizadas numa espécie de “pedagogia da mediocridade”.

A intrínseca relação entre esses dois processos de irracionalidades sistematizados nessas sociedades capitalistas ocidentais pós-modernas, pode ser entendida como um mecanismo de “inversão dos processos de captação e/ou apreensão da realidade” pelos sujeitos, nela transformados em objetos, onde o inteligível, através da exigência de interiorização e, numa outra via, de exteriorização, como respostas a fragmentados conceitos simbólicos no campo visual, ficam reduzidos aos estados humanos de:

Copiar e reproduzir;
 Aprender somente pensamentos e não de aprender a pensar.

Ou seja, aqui se postula que, frise-se:

“Se o “homo sapiens” se diferencia dos outros animais ditos inferiores porque possui a capacidade de “evoluir do sensível para o inteligível”, nessas sociedades, ao contrário, eles estão colocados como:

Seres irracionais;
Simbólicos;
Limitados a apreenderem a realidade de forma fragmentada e/ou fragmentária, por meio da exigência social de respostas:
Aos estímulos visuais e culturais, enquanto consumidores de produtos culturais, também de forma fragmentada e/ou fragmentária.

Esses fatos talvez expliquem porque as sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas estejam sempre mudando, através dos seus processos de “modernização e/ou industrialização” (obsolescência programada) sem, necessariamente, nesses mesmos processos, de fato, significativamente e/ou estruturalmente também mudarem, uma vez que, nelas, os seres sociais são transformados, por meio de várias instâncias institucionais, como a fábrica, a escola, etc., em seres irracionais. Ou seja, esses processos de “mudanças imutáveis”, nessas sociedades, tornam-se visíveis quando se constata, por exemplo, que, mesmo após séculos e/ou décadas de injustiças sociais:

As desigualdades sociais, no Brasil, na África e na América latina, desde os períodos ditos pós-coloniais, só têm aumentado apesar dos ditos desenvolvimentos econômicos, culturais e industriais;
O acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade, nesses países, há séculos e décadas continuam sendo uma grande utopia, assim como a efetiva vontade popular nas decisões políticas, ainda que se tenha incorporado, via Estado, as ideias do sufrágio universal.

Ou seja, embora nessas sociedades, como dizem os capitalistas, tenha-se alcançado, por meio dos seres sociais, um maior acesso as ditas novas tecnologias, na mesma medida, elas, essas mesmas tecnologias, têm (já que são criadas visando-se entreter e “facilitar a vida humana”, satisfazendo as ditas “vontades” humanas) embrutecido os homens, tornando-os seres “dependentes”, visuais, irracionais, na medida em que, por meio do abuso do uso delas, fora ou dentro das fábricas ou das escolas, elas têm também abortado, castrado e/ou minimizado as suas capacidades de pensar.

Partindo-se dos conceitos de “Ação Social de Max Weber, mas de uma forma invertida, isto é, crítica, apresentar-se-á neste livro cinco axiomas essenciais relativos à ação e/ou às “Ações Irracionais”, ou seja, respectivas às “formas pós-modernas e/ou contemporâneas de “ações sociais irracionais” quem tem feito com que os diferentes homens, pertencentes às diferentes culturas, em escala global, tenham, há tempos, vivido nelas como se fossem, de fato, “seres racionais”, mas, todavia, relegados a formas ideológicas, especializadas, fragmentadas, embrutecidas, etnocêntricas e/ou mesmo simbólicas de ver e de interagir com o mundo, fazendo-se, ao mesmo tempo também com que eles, esses mesmos homens, iludida e alienadamente, desconhecendo seus estados de irracionalidade:

Se sintam quase sempre hiper-conscientes, quando, na verdade, possuídos por ideias exteriores a eles próprios, culminando-se, através de etnocentrismos e xenofobismos, no desenvolvimento de posturas genocidas e/ou biocidas em escala planetária;
Se sintam quase sempre estando em processo reais de inovações e/ou mudanças, sem, todavia, nesse mesmo processo irracional, sob os quais eles estão inseridos, de fato mudarem, seja no sentido micro/subjetivo, seja no sentido macro/social e político.

Ou seja, os processos de “obsolescência programada” e, consequentemente, o consumismo e a automação da existência, por meio das “ações irracionais humanas”, baluarte dessa mesma sociedade de consumo, ocasionada por meio do uso abusivo das máquinas e/ou das tecnologias (nas fábricas, nas escolas ou fora delas), têm feito dos homens, além de seres irracionais, nesse sentido, seres também incapazes de gerarem mudanças essências na estrutura social, ficando, os mesmos, presos a constantes processos de inovação (o que não é de fato novo), buscando-se inspiração e/ou cópias em realizações passadas ou do mundo natural, gerando-se mudanças sem mudanças ou, noutros termos, fazendo-se com que eles e as sociedades a que pertencem “mudem sem necessariamente e/ou essencialmente mudarem.

Seguindo-se por esta mesma via, discorreremos sobre o catastrófico fato de que, nessas sociedades pós-modernas, o “homo sapiens” foi assassinado pela vida dita “civilizada e/ou socializada”, no que se refere ao plano cultural, nos seus diferentes etnocentrismos e, também, numa outra via, com seus ranços tecnológicos Cartesianos, Positivistas, Pragmáticos (nas fábricas, nas escolas ou fora delas) e, sendo assim, no seu lugar, foi colocado o “homo copy” (homem reprodutor, copiador) e também o “homo videns”, o homem visual (decodificador de símbolos).

Ou seja, o homem foi colado na condição de “ser irracional” (que é incapaz de criar e avaliar), no sentido de ser incapaz de gerar mudanças significativas pelo uso da razão, ficando presos a uma vida de cópias de padrões comportamentais e de respostas a estímulos visuais, culminando-se no desenvolvimento “de modos de ser, de sentir e de agir padronizados, difundidos por ditaduras de copistas sob o caráter da “inovação” (diferente do que é, de fato, novo ou paradoxal aos processos mercantilistas de obsolescência programada).

Na primeira unidade desse livro, sendo assim, demonstraremos como se deu esse processo, ou seja, como é que, a partir do Antropocentrismo e do surgimento da Ciência, com seus ranços Cartesianos, Pragmáticos e Positivistas (na fábrica, na escola ou fora dela), foram se sistematizando essas diferentes formas de “ação irracional” e/ou de ações irracionais nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas, como se fossem elas atos não somente racionais, mas também “hiper-conscientes”, ou seja, pautados em convicções.

Na segunda, apresentaremos, de forma didática, cinco conceitos estruturais de “Ação Irracional” e/ou de ações irracionais presentes, de forma sistematizada, enquanto valor social, nas sociedades ocidentais capitalistas pós-modernas.

Na terceira, questionaremos os aspectos etnocêntricos presentes nas diferentes culturas, procurando levantar os paradoxos e as diferenças entre cultura e educação dentro do contexto dos processos de socialização, sejam elas institucionais ou não.  Na quarta, apresentaremos alternativa e/ou caminhos para o volta do homo sapiens em oposição férrea a sua condição humana desumana.

Finalmente, na quinta, faremos uma breve e sucinta consideração sobre o que postulamos que deva ser entendido como fundamento para a retomada da busca pela volta da “Ação Racional” (processo de "ressuscitação" do homo sapiens), na presente era Pós-moderna, partindo-se, a nosso ver, da necessidade de desenvolvimento da consciência de si e de mundo por parte dos seres sociais presentes nessas mesmas sociedades.

Objetivamos, assim, poder contribuir de alguma forma à construção de novos caminhos rumo ao desenvolvimento da humanização e/ou da reconstrução/ressuscitação do homem ou do “homo sapiens” no século XXI.

Esperamos também que, essa obra, assim como tantas outras do autor, possa contribuir à formação de uma geração mais transformadora, a partir da transformação social deliberada da consciência dos seres sociais, colocando-os na condição humana de verdadeiros atores sociais transformadores porque, antes, durante e depois, deliberadamente, também transformadores de si.

[1] KARL MARX – Filósofo alemão do séc. XIX. Autor do Livro “O capital”, que, entre outras coisas, esboça uma crítica radical ao Capitalismo. Desenvolvedor e criador da teoria sociopolítica chamada de Socialismo.

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(FORMATO A5, 320 PÁGINAS)

(...)[1] “Para que o homem possa ser capaz de transformar (a sociedade ou a sua condição sócio-existencial) é preciso, antes, que ele seja capaz de transformar-se”.

Nesse sentido, para poder transformar-se é preciso também poder pensar e, sendo assim, pensar significa “libertar-se das ideologias que - embrutecendo o pensamento - fazem com que os homens deixem de ser seres racionais, “homo sapiens” e/ou homo intelectos, e se transmutem em “homo faber” e/ou animais irracionais, existindo apenas como técnicos e/ou especialistas do saber, alienados para a compreensão simultânea das partes e do todo, culminados num estado de “animalização” e/ou de uma “condição humana sócio-existencial inumana, desumana e/ou inautêntica.”

Em outras palavras, para poderem transformar, os homens precisam se libertar de uma “condição humana inumana e/ou desumana”, há séculos sistematizada, motivada pelos valores Cartesianos, Positivistas, Pragmáticos, construídos estes por meio de símbolos, formas fragmentadas socialização, especializadas de aprendizagem e de inserção no mundo do trabalho, mediante o avanço das ciências, atreladas estas ao desenvolvimento do capitalismo, com suas revoluções industriais.

Outra dimensão desse processo de irracionalidade instituída e/ou sistematizada, como um valor social nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas, está, também, dada aquela que é diretamente causada e fomentada pela “Indústria Cultural”, onde, por meio dela e para ela, são construídos e mantidos os chamados:

“Espectadores médios”;
“Leitores médios”;
Indivíduos intelectualmente medianos e/ou medíocres, aos quais são atribuídas também:
Certas “capacidades mentais médias”, numa espécie de sistematização, fora e dentro das próprias instituições “educativas” ideológicas de Estado, sintetizadas numa espécie de “pedagogia da mediocridade”.

A intrínseca relação entre esses dois processos de irracionalidades sistematizados nessas sociedades capitalistas ocidentais pós-modernas, pode ser entendida como um mecanismo de “inversão dos processos de captação e/ou apreensão da realidade” pelos sujeitos, nela transformados em objetos, onde o inteligível, através da exigência de interiorização e, numa outra via, de exteriorização, como respostas a fragmentados conceitos simbólicos no campo visual, ficam reduzidos aos estados humanos de:

Copiar e reproduzir;
 Aprender somente pensamentos e não de aprender a pensar.

Ou seja, aqui se postula que, frise-se:

“Se o “homo sapiens” se diferencia dos outros animais ditos inferiores porque possui a capacidade de “evoluir do sensível para o inteligível”, nessas sociedades, ao contrário, eles estão colocados como:

Seres irracionais;
Simbólicos;
Limitados a apreenderem a realidade de forma fragmentada e/ou fragmentária, por meio da exigência social de respostas:
Aos estímulos visuais e culturais, enquanto consumidores de produtos culturais, também de forma fragmentada e/ou fragmentária.

Esses fatos talvez expliquem porque as sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas estejam sempre mudando, através dos seus processos de “modernização e/ou industrialização” (obsolescência programada) sem, necessariamente, nesses mesmos processos, de fato, significativamente e/ou estruturalmente também mudarem, uma vez que, nelas, os seres sociais são transformados, por meio de várias instâncias institucionais, como a fábrica, a escola, etc., em seres irracionais. Ou seja, esses processos de “mudanças imutáveis”, nessas sociedades, tornam-se visíveis quando se constata, por exemplo, que, mesmo após séculos e/ou décadas de injustiças sociais:

As desigualdades sociais, no Brasil, na África e na América latina, desde os períodos ditos pós-coloniais, só têm aumentado apesar dos ditos desenvolvimentos econômicos, culturais e industriais;
O acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade, nesses países, há séculos e décadas continuam sendo uma grande utopia, assim como a efetiva vontade popular nas decisões políticas, ainda que se tenha incorporado, via Estado, as ideias do sufrágio universal.

Ou seja, embora nessas sociedades, como dizem os capitalistas, tenha-se alcançado, por meio dos seres sociais, um maior acesso as ditas novas tecnologias, na mesma medida, elas, essas mesmas tecnologias, têm (já que são criadas visando-se entreter e “facilitar a vida humana”, satisfazendo as ditas “vontades” humanas) embrutecido os homens, tornando-os seres “dependentes”, visuais, irracionais, na medida em que, por meio do abuso do uso delas, fora ou dentro das fábricas ou das escolas, elas têm também abortado, castrado e/ou minimizado as suas capacidades de pensar.

Partindo-se dos conceitos de “Ação Social de Max Weber, mas de uma forma invertida, isto é, crítica, apresentar-se-á neste livro cinco axiomas essenciais relativos à ação e/ou às “Ações Irracionais”, ou seja, respectivas às “formas pós-modernas e/ou contemporâneas de “ações sociais irracionais” quem tem feito com que os diferentes homens, pertencentes às diferentes culturas, em escala global, tenham, há tempos, vivido nelas como se fossem, de fato, “seres racionais”, mas, todavia, relegados a formas ideológicas, especializadas, fragmentadas, embrutecidas, etnocêntricas e/ou mesmo simbólicas de ver e de interagir com o mundo, fazendo-se, ao mesmo tempo também com que eles, esses mesmos homens, iludida e alienadamente, desconhecendo seus estados de irracionalidade:

Se sintam quase sempre hiper-conscientes, quando, na verdade, possuídos por ideias exteriores a eles próprios, culminando-se, através de etnocentrismos e xenofobismos, no desenvolvimento de posturas genocidas e/ou biocidas em escala planetária;
Se sintam quase sempre estando em processo reais de inovações e/ou mudanças, sem, todavia, nesse mesmo processo irracional, sob os quais eles estão inseridos, de fato mudarem, seja no sentido micro/subjetivo, seja no sentido macro/social e político.

Ou seja, os processos de “obsolescência programada” e, consequentemente, o consumismo e a automação da existência, por meio das “ações irracionais humanas”, baluarte dessa mesma sociedade de consumo, ocasionada por meio do uso abusivo das máquinas e/ou das tecnologias (nas fábricas, nas escolas ou fora delas), têm feito dos homens, além de seres irracionais, nesse sentido, seres também incapazes de gerarem mudanças essências na estrutura social, ficando, os mesmos, presos a constantes processos de inovação (o que não é de fato novo), buscando-se inspiração e/ou cópias em realizações passadas ou do mundo natural, gerando-se mudanças sem mudanças ou, noutros termos, fazendo-se com que eles e as sociedades a que pertencem “mudem sem necessariamente e/ou essencialmente mudarem.

Seguindo-se por esta mesma via, discorreremos sobre o catastrófico fato de que, nessas sociedades pós-modernas, o “homo sapiens” foi assassinado pela vida dita “civilizada e/ou socializada”, no que se refere ao plano cultural, nos seus diferentes etnocentrismos e, também, numa outra via, com seus ranços tecnológicos Cartesianos, Positivistas, Pragmáticos (nas fábricas, nas escolas ou fora delas) e, sendo assim, no seu lugar, foi colocado o “homo copy” (homem reprodutor, copiador) e também o “homo videns”, o homem visual (decodificador de símbolos).

Ou seja, o homem foi colado na condição de “ser irracional” (que é incapaz de criar e avaliar), no sentido de ser incapaz de gerar mudanças significativas pelo uso da razão, ficando presos a uma vida de cópias de padrões comportamentais e de respostas a estímulos visuais, culminando-se no desenvolvimento “de modos de ser, de sentir e de agir padronizados, difundidos por ditaduras de copistas sob o caráter da “inovação” (diferente do que é, de fato, novo ou paradoxal aos processos mercantilistas de obsolescência programada).

Na primeira unidade desse livro, sendo assim, demonstraremos como se deu esse processo, ou seja, como é que, a partir do Antropocentrismo e do surgimento da Ciência, com seus ranços Cartesianos, Pragmáticos e Positivistas (na fábrica, na escola ou fora dela), foram se sistematizando essas diferentes formas de “ação irracional” e/ou de ações irracionais nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas, como se fossem elas atos não somente racionais, mas também “hiper-conscientes”, ou seja, pautados em convicções.

Na segunda, apresentaremos, de forma didática, cinco conceitos estruturais de “Ação Irracional” e/ou de ações irracionais presentes, de forma sistematizada, enquanto valor social, nas sociedades ocidentais capitalistas pós-modernas.

Na terceira, questionaremos os aspectos etnocêntricos presentes nas diferentes culturas, procurando levantar os paradoxos e as diferenças entre cultura e educação dentro do contexto dos processos de socialização, sejam elas institucionais ou não.  Na quarta, apresentaremos alternativa e/ou caminhos para o volta do homo sapiens em oposição férrea a sua condição humana desumana.

Finalmente, na quinta, faremos uma breve e sucinta consideração sobre o que postulamos que deva ser entendido como fundamento para a retomada da busca pela volta da “Ação Racional” (processo de "ressuscitação" do homo sapiens), na presente era Pós-moderna, partindo-se, a nosso ver, da necessidade de desenvolvimento da consciência de si e de mundo por parte dos seres sociais presentes nessas mesmas sociedades.

Objetivamos, assim, poder contribuir de alguma forma à construção de novos caminhos rumo ao desenvolvimento da humanização e/ou da reconstrução/ressuscitação do homem ou do “homo sapiens” no século XXI.

Esperamos também que, essa obra, assim como tantas outras do autor, possa contribuir à formação de uma geração mais transformadora, a partir da transformação social deliberada da consciência dos seres sociais, colocando-os na condição humana de verdadeiros atores sociais transformadores porque, antes, durante e depois, deliberadamente, também transformadores de si.

[1] KARL MARX – Filósofo alemão do séc. XIX. Autor do Livro “O capital”, que, entre outras coisas, esboça uma crítica radical ao Capitalismo. Desenvolvedor e criador da teoria sociopolítica chamada de Socialismo.

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