Hegel Para Professores

O filósofo do Saber absoluto

Nonfiction, Science & Nature, Science, Other Sciences, Reference, Study & Teaching, Philosophy & Social Aspects
Cover of the book Hegel Para Professores by CLEBERSON EDUARDO DA COSTA, ATSOC EDITIONS - EDITORA
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Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA ISBN: 1230001482652
Publisher: ATSOC EDITIONS - EDITORA Publication: December 27, 2016
Imprint: 1 Language: Portuguese
Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA
ISBN: 1230001482652
Publisher: ATSOC EDITIONS - EDITORA
Publication: December 27, 2016
Imprint: 1
Language: Portuguese

I

(a5,152 páginas) - Por que Hegel para professores, o chamado filósofo do saber absoluto?

Respondo-vos:

A filosofia de Hegel (1770-1831) a partir do séc.XX experimentou e, ainda hoje – alvorecer do séc. XXI –, tem experimentado um grande renascimento, e tal fato deveu-se e deve-se, em grande parte, a quatro importantes motivos:

Porque Hegel foi redescoberto e reavaliado como progenitor filosófico do marxismo (e não somente por marxistas de orientação filosófica);
Porque a perspectiva histórica (de busca pelo conhecimento) que Hegel colocou em tudo, em sentido geral, além de Karl Marx, influenciou também:

A filosofia de Foucault (1926-1984), com o seu chamado Método Arqueológico;
A filosofia de Nietzsche (1844-1900), com a sua “Genealogia da moral” e com a chamada “teoria das três transformações do espírito” (o camelo, o leão e a criança);
As filosofias de Sartre e Heidegger, com seus diferentes existencialismos, e também as de muitos outros;

Porque, à época, e mais ainda hoje, tem sido crescente o reconhecimento da importância dos seus fundamentos epistemológicos (fenomenológico, sob as bases do seu idealismo dialético) de busca pelo conhecimento.
Porque importantes filósofos (Georg Lukács, Herbert Marcuse, Theodor Adorno, Ernst Bloch, Alexandre Kojève e Gotthard Günther) foram e, outros, ainda hoje, têm sido responsáveis diretos e indiretos pelo renascimento de Hegel, colocando em evidência os fundamentos epistemológicos da sua filosofia ou Fenomenologia do Espírito.

II

Entretanto, na mesma via, nenhum filósofo foi e/ou tem sido tão mal traduzido ou interpretado quanto Hegel. Sua filosofia foi em muitos casos deturpada de maneira trágica e, até hoje, devido a esse motivo, tem sido incompreendida ou mal compreendida por muitos, na sua maioria professores. Ou seja, muitos que falaram sobre Hegel não sabiam o que falavam ou, sabendo o que falavam, não souberam corretamente dele falar. Certamente isso se deve ao fato de, por ter sido criticado e pejorativamente chamado de idealista por filósofos como Feuerbach, Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels e outros, ter sido também, na mesma via, colocado historicamente na condição de pensador conservador, inatista e/ou pré-determinista como Platão, Descartes e tantos outros, ou seja, colocado na condição:

De preservador das injustiças sociais ou do status quo;
De antirrevolucionário.

III

O que se pode dizer, entretanto, e que se verá ao longo deste trabalho é que o idealismo dialético de Hegel, embora o mesmo conceba a natureza como sendo a manifestação da ideia pura, em muito se difere dos idealismos de pensadores clássicos como Platão e modernos como Descartes, uma vez que, para ele, Hegel, as ideias puras, que dão origem à natureza, não são imutáveis, pois o Ser é concebido por ele como Devir (vir a ser) e, a verdade, dentro desse contexto, é compreendida como algo histórico, ou seja, como aquilo que se manifesta dialeticamente no tempo. Isto é, Hegel, sem sombra de dúvidas, epistemologicamente falando, deu saltos qualitativos em relação a todos os outros filósofos, e não somente aqueles considerados idealistas.

IV

Mesmo Karl Marx (e Engels), como se sabe, crítico radical de Hegel, ao desenvolver a sua dita filosofia materialista dialética, a sua dita “concepção materialista dialética da história”, se não o plagiou, foi muito pouco original em relação a ele, uma vez que somente inverteu a concepção filosófica do mesmo, ao, por exemplo, defender a ideia de que o processo dialético começa a partir da matéria (natureza) e não da ideia pura, ou seja, desenvolveu praticamente a mesma epistemologia de Hegel e, ao final, apenas sistematizou-a de forma invertida. Isto é, penso que Karl Marx leu tanto Hegel que usou invertidamente o idealismo dialético de Hegel em bases materialistas e econômicas.

V

Não se terá, aqui, todavia, o objetivo de confrontar ou comparar as filosofias de Marx e Hegel, uma vez que, pensa-se que, as ideias do primeiro já se encontram por demais difundidas e conhecidas não somente no meio acadêmico, mas também no universo dos mais diferentes grupos ditos socialistas ou anticapitalistas de todo o mundo.

Pretende-se, aqui, na unidade I, apenas dialogar e/ou estudar, da maneira mais aprofundada e, ao mesmo tempo, didática possível, as ideias desse grande filósofo que foi Hegel, ou seja, buscar melhor compreender a essência da sua filosofia, assim como também as suas importantes contribuições à metafísica, em sentido geral, e à epistemologia, sob as bases da sua fenomenologia do espírito, em sentido específico.

Na unidade II, traremos à tona uma minuciosa e cuidadosa relação dos principais axiomas de Hegel, em consonância com as temáticas desenvolvidas na unidade I, visando-se um aprofundamento do estudo. A partir da unidade III, apresentaremos outros ensaios, discutindo-se problemáticas filosóficas diversas.

Esperamos que, esse livro, de alguma forma, possa contribuir à formação de uma sociedade mais livre, porque mais autônoma, intelectualmente falando e, na mesma via, mais equitativa, democrática, ética e justa, porque também politicamente mais participativa.

O autor

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I

(a5,152 páginas) - Por que Hegel para professores, o chamado filósofo do saber absoluto?

Respondo-vos:

A filosofia de Hegel (1770-1831) a partir do séc.XX experimentou e, ainda hoje – alvorecer do séc. XXI –, tem experimentado um grande renascimento, e tal fato deveu-se e deve-se, em grande parte, a quatro importantes motivos:

Porque Hegel foi redescoberto e reavaliado como progenitor filosófico do marxismo (e não somente por marxistas de orientação filosófica);
Porque a perspectiva histórica (de busca pelo conhecimento) que Hegel colocou em tudo, em sentido geral, além de Karl Marx, influenciou também:

A filosofia de Foucault (1926-1984), com o seu chamado Método Arqueológico;
A filosofia de Nietzsche (1844-1900), com a sua “Genealogia da moral” e com a chamada “teoria das três transformações do espírito” (o camelo, o leão e a criança);
As filosofias de Sartre e Heidegger, com seus diferentes existencialismos, e também as de muitos outros;

Porque, à época, e mais ainda hoje, tem sido crescente o reconhecimento da importância dos seus fundamentos epistemológicos (fenomenológico, sob as bases do seu idealismo dialético) de busca pelo conhecimento.
Porque importantes filósofos (Georg Lukács, Herbert Marcuse, Theodor Adorno, Ernst Bloch, Alexandre Kojève e Gotthard Günther) foram e, outros, ainda hoje, têm sido responsáveis diretos e indiretos pelo renascimento de Hegel, colocando em evidência os fundamentos epistemológicos da sua filosofia ou Fenomenologia do Espírito.

II

Entretanto, na mesma via, nenhum filósofo foi e/ou tem sido tão mal traduzido ou interpretado quanto Hegel. Sua filosofia foi em muitos casos deturpada de maneira trágica e, até hoje, devido a esse motivo, tem sido incompreendida ou mal compreendida por muitos, na sua maioria professores. Ou seja, muitos que falaram sobre Hegel não sabiam o que falavam ou, sabendo o que falavam, não souberam corretamente dele falar. Certamente isso se deve ao fato de, por ter sido criticado e pejorativamente chamado de idealista por filósofos como Feuerbach, Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels e outros, ter sido também, na mesma via, colocado historicamente na condição de pensador conservador, inatista e/ou pré-determinista como Platão, Descartes e tantos outros, ou seja, colocado na condição:

De preservador das injustiças sociais ou do status quo;
De antirrevolucionário.

III

O que se pode dizer, entretanto, e que se verá ao longo deste trabalho é que o idealismo dialético de Hegel, embora o mesmo conceba a natureza como sendo a manifestação da ideia pura, em muito se difere dos idealismos de pensadores clássicos como Platão e modernos como Descartes, uma vez que, para ele, Hegel, as ideias puras, que dão origem à natureza, não são imutáveis, pois o Ser é concebido por ele como Devir (vir a ser) e, a verdade, dentro desse contexto, é compreendida como algo histórico, ou seja, como aquilo que se manifesta dialeticamente no tempo. Isto é, Hegel, sem sombra de dúvidas, epistemologicamente falando, deu saltos qualitativos em relação a todos os outros filósofos, e não somente aqueles considerados idealistas.

IV

Mesmo Karl Marx (e Engels), como se sabe, crítico radical de Hegel, ao desenvolver a sua dita filosofia materialista dialética, a sua dita “concepção materialista dialética da história”, se não o plagiou, foi muito pouco original em relação a ele, uma vez que somente inverteu a concepção filosófica do mesmo, ao, por exemplo, defender a ideia de que o processo dialético começa a partir da matéria (natureza) e não da ideia pura, ou seja, desenvolveu praticamente a mesma epistemologia de Hegel e, ao final, apenas sistematizou-a de forma invertida. Isto é, penso que Karl Marx leu tanto Hegel que usou invertidamente o idealismo dialético de Hegel em bases materialistas e econômicas.

V

Não se terá, aqui, todavia, o objetivo de confrontar ou comparar as filosofias de Marx e Hegel, uma vez que, pensa-se que, as ideias do primeiro já se encontram por demais difundidas e conhecidas não somente no meio acadêmico, mas também no universo dos mais diferentes grupos ditos socialistas ou anticapitalistas de todo o mundo.

Pretende-se, aqui, na unidade I, apenas dialogar e/ou estudar, da maneira mais aprofundada e, ao mesmo tempo, didática possível, as ideias desse grande filósofo que foi Hegel, ou seja, buscar melhor compreender a essência da sua filosofia, assim como também as suas importantes contribuições à metafísica, em sentido geral, e à epistemologia, sob as bases da sua fenomenologia do espírito, em sentido específico.

Na unidade II, traremos à tona uma minuciosa e cuidadosa relação dos principais axiomas de Hegel, em consonância com as temáticas desenvolvidas na unidade I, visando-se um aprofundamento do estudo. A partir da unidade III, apresentaremos outros ensaios, discutindo-se problemáticas filosóficas diversas.

Esperamos que, esse livro, de alguma forma, possa contribuir à formação de uma sociedade mais livre, porque mais autônoma, intelectualmente falando e, na mesma via, mais equitativa, democrática, ética e justa, porque também politicamente mais participativa.

O autor

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