Author: | CLEBERSON EDUARDO DA COSTA | ISBN: | 1230001685992 |
Publisher: | Atsoc Editions | Publication: | May 20, 2017 |
Imprint: | 1 | Language: | Portuguese |
Author: | CLEBERSON EDUARDO DA COSTA |
ISBN: | 1230001685992 |
Publisher: | Atsoc Editions |
Publication: | May 20, 2017 |
Imprint: | 1 |
Language: | Portuguese |
(A5, 148 páginas) - Quando se fala do homem em termos da formação estrutural da sua personalidade clínica ou psicopatológica (psicose, neurose e perversão), dados os relevantes e recentes estudos da antropologia, em especial a filosófica, descobre-se que:
Qualquer cultura, em síntese, é apenas uma das muitas ou diferentes lentes através da qual determinado indivíduo vê e se relaciona com o mundo;
As diferentes culturas são apenas diferentes opiniões, símbolos ou visões de mundo, corporificadas em modos diferentes de ser, de ver, de sentir, de dizer, de pensar e de existir;
As diferentes culturas trazem em si as suas mais radicais, absurdas ou ditas inconcebíveis ideias de verdade ou normalidade quando comparadas e/ou confrontadas umas às outras.
II
A tentativa de uma globalização cultural, ou padronização de normas, valores e costumes, aos moldes da econômica, fracassou ou não tem tido o mesmo êxito. Ou seja, vemos um mundo hoje de regresso a nacionalismos e a formas xenófobas de existir e lidar com os diferentes e/ou as diferenças.
Nesse sentido, frise-se:
“A questão entre “psicopatologia versus normalidade” hoje não é e/ou não tem sido apenas de grau, como pensaram Freud e Lacan, mas também cultural, ética e/ou de valores.”
Ou seja, indivíduos pertencentes a uma determinada cultura ou grupo, dado o caráter etnocêntrico e xenófobo das culturas, podem considerar loucos ou psicopatológicos os de outros se comparados a si.
Pense-se, por exemplo, nas guerras fundamentadas em diferentes concepções político-econômicas, morais ou religiosas; nos diferentes tipos de apartheids; nas diferentes formas de xenofobia; nos diferentes modos de desrespeito às diferenças; nas diferentes formas de se perceber ou encarar a vida de indivíduos que vivem em nichos culturais e socioeconômicos diferentes; nas formas machistas de muitos homens, no mundo, tratarem as mulheres; nas diferentes formas, muitas vezes deturpadas, de muitos homens praticarem o que chamam de guerra-santa, etc.
Hoje, alvorecer do século XXI, pode-se dizer que o que (na maioria das vezes) tem acarretado desestrutura nas personalidades ou psicopatologias, muito além dos fatores ditos genéticos ou orgânicos, são aqueles oriundos:
De choques culturais;
De extremas desigualdades socioeconômicas;
De competições e/ou comparações hierarquizadas entre indivíduos diferentes;
De ideologias que pregam a meritocracia e o individualismo;
De xenofobias ou de desrespeitos às diferenças e/ou aos diferentes;
De ideias radicais ou ortodoxas que migram para a psique dos indivíduos como se fossem deles, como se fossem verdades absolutas, possuindo-os, dando-os a ilusão de serem os possuidores delas e/ou de estarem hiperconscientes.
III
Nesse trabalho, sendo assim:
Problematizar-se-ão as diferentes estruturas clínicas ou psicopatológicas da personalidade (psicose, neurose e perversão); e, na mesma via, sob a égide de axiomas da fenomenologia e das filosofias antropológica e existencial-humanista:
Esboçar-se-ão visões críticas às ideias tecnicistas e/ou organicistas (homem-máquina) há tempos pré-concebidas e sistematizadas como parâmetros ditos de normalidade.
O autor
(A5, 148 páginas) - Quando se fala do homem em termos da formação estrutural da sua personalidade clínica ou psicopatológica (psicose, neurose e perversão), dados os relevantes e recentes estudos da antropologia, em especial a filosófica, descobre-se que:
Qualquer cultura, em síntese, é apenas uma das muitas ou diferentes lentes através da qual determinado indivíduo vê e se relaciona com o mundo;
As diferentes culturas são apenas diferentes opiniões, símbolos ou visões de mundo, corporificadas em modos diferentes de ser, de ver, de sentir, de dizer, de pensar e de existir;
As diferentes culturas trazem em si as suas mais radicais, absurdas ou ditas inconcebíveis ideias de verdade ou normalidade quando comparadas e/ou confrontadas umas às outras.
II
A tentativa de uma globalização cultural, ou padronização de normas, valores e costumes, aos moldes da econômica, fracassou ou não tem tido o mesmo êxito. Ou seja, vemos um mundo hoje de regresso a nacionalismos e a formas xenófobas de existir e lidar com os diferentes e/ou as diferenças.
Nesse sentido, frise-se:
“A questão entre “psicopatologia versus normalidade” hoje não é e/ou não tem sido apenas de grau, como pensaram Freud e Lacan, mas também cultural, ética e/ou de valores.”
Ou seja, indivíduos pertencentes a uma determinada cultura ou grupo, dado o caráter etnocêntrico e xenófobo das culturas, podem considerar loucos ou psicopatológicos os de outros se comparados a si.
Pense-se, por exemplo, nas guerras fundamentadas em diferentes concepções político-econômicas, morais ou religiosas; nos diferentes tipos de apartheids; nas diferentes formas de xenofobia; nos diferentes modos de desrespeito às diferenças; nas diferentes formas de se perceber ou encarar a vida de indivíduos que vivem em nichos culturais e socioeconômicos diferentes; nas formas machistas de muitos homens, no mundo, tratarem as mulheres; nas diferentes formas, muitas vezes deturpadas, de muitos homens praticarem o que chamam de guerra-santa, etc.
Hoje, alvorecer do século XXI, pode-se dizer que o que (na maioria das vezes) tem acarretado desestrutura nas personalidades ou psicopatologias, muito além dos fatores ditos genéticos ou orgânicos, são aqueles oriundos:
De choques culturais;
De extremas desigualdades socioeconômicas;
De competições e/ou comparações hierarquizadas entre indivíduos diferentes;
De ideologias que pregam a meritocracia e o individualismo;
De xenofobias ou de desrespeitos às diferenças e/ou aos diferentes;
De ideias radicais ou ortodoxas que migram para a psique dos indivíduos como se fossem deles, como se fossem verdades absolutas, possuindo-os, dando-os a ilusão de serem os possuidores delas e/ou de estarem hiperconscientes.
III
Nesse trabalho, sendo assim:
Problematizar-se-ão as diferentes estruturas clínicas ou psicopatológicas da personalidade (psicose, neurose e perversão); e, na mesma via, sob a égide de axiomas da fenomenologia e das filosofias antropológica e existencial-humanista:
Esboçar-se-ão visões críticas às ideias tecnicistas e/ou organicistas (homem-máquina) há tempos pré-concebidas e sistematizadas como parâmetros ditos de normalidade.
O autor