Author: | Aleksandr Púchkin | ISBN: | 9788507326021 |
Publisher: | EDITORA 34 | Publication: | November 21, 2011 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Aleksandr Púchkin |
ISBN: | 9788507326021 |
Publisher: | EDITORA 34 |
Publication: | November 21, 2011 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Dotado de uma capacidade ímpar de recriar gêneros literários ocidentais, o cosmopolita Aleksandr Serguêievitch Púchkin (1799-1837) nunca viajou para a Europa — e nos dois aspectos possui semelhanças com Machado de Assis, com quem compartilha também o proverbial “salto” de qualidade em relação à respectiva produção literária nacional existente até então. Essa “arquiraposa” do século XIX (segundo Isaiah Berlin), e o mais nacional dos escritores russos, justamente porque internacional (e vice-versa, segundo Dostoiévski), não pôde deixar o seu relato de viagem ao dúbio oásis europeu, mas em “Viagem a Arzrum” apropriou-se do exterior à mão. Assim como as periferias orientalizadas do vastíssimo império russo, a “Viagem” abrange fronteiras diversas. O texto completo (uma primeira parte já era conhecida desde o começo da década) foi publicado na revista O Contemporâneo em 1836 — é o último trabalho em prosa do autor. Embora traga a indicação de que são “notas de viagem”, baseadas em uma ida ao Cáucaso em 1829, Púchkin reelaborou as anotações originais até chegar a um texto que possui autonomia artística e mistura memória e ficção. (Nota de Bruno Barretto Gomide)
Dotado de uma capacidade ímpar de recriar gêneros literários ocidentais, o cosmopolita Aleksandr Serguêievitch Púchkin (1799-1837) nunca viajou para a Europa — e nos dois aspectos possui semelhanças com Machado de Assis, com quem compartilha também o proverbial “salto” de qualidade em relação à respectiva produção literária nacional existente até então. Essa “arquiraposa” do século XIX (segundo Isaiah Berlin), e o mais nacional dos escritores russos, justamente porque internacional (e vice-versa, segundo Dostoiévski), não pôde deixar o seu relato de viagem ao dúbio oásis europeu, mas em “Viagem a Arzrum” apropriou-se do exterior à mão. Assim como as periferias orientalizadas do vastíssimo império russo, a “Viagem” abrange fronteiras diversas. O texto completo (uma primeira parte já era conhecida desde o começo da década) foi publicado na revista O Contemporâneo em 1836 — é o último trabalho em prosa do autor. Embora traga a indicação de que são “notas de viagem”, baseadas em uma ida ao Cáucaso em 1829, Púchkin reelaborou as anotações originais até chegar a um texto que possui autonomia artística e mistura memória e ficção. (Nota de Bruno Barretto Gomide)