Author: | Izilda Bichara | ISBN: | 9788584740185 |
Publisher: | e-galáxia | Publication: | January 21, 2015 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Izilda Bichara |
ISBN: | 9788584740185 |
Publisher: | e-galáxia |
Publication: | January 21, 2015 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
O octogenário Alceu Vianna Rodrigues passeia por suas lembranças amorosas, subindo e descendo, ininterruptamente, num elevador comercial sempre lotado, de onde se recusa a sair. Numa linguagem arrojada, em que recordações são entrecortadas por vozes de diferentes interlocutores, a autora promove um percurso original e surpreendente. "Em seu livro de estreia, Izilda Bichara traz para nossa literatura um espaço pouco utilizado em contos e romances: o elevador. É verdade que esse meio de transporte tão banal, tão vertical, tem aparecido com certa frequência no cinema e na tevê. Mas não da maneira original como Izilda maquinou. No cinema e na tevê o elevador só vira protagonista quando quebra ou para por falta de energia elétrica, aprisionando as pessoas contra a sua vontade. Nesta breve ficção de Izilda — podem ficar sossegados, os leitores cardíacos — o elevador não quebra nunca. Seria óbvio demais. A tensão entre os enclausurados pega fogo de outro modo. Na cadência das polias e das engrenagens, as lembranças do doutor Alceu vão ladeira acima, ladeira abaixo. É tão estranha e pungente a persistência do velho advogado, que logo começamos a simpatizar com ele. A torcer por ele. A sussurrar em seu ouvido: — Não desce, não, Alceu." (trecho do prefácio de Luiz Bras)
O octogenário Alceu Vianna Rodrigues passeia por suas lembranças amorosas, subindo e descendo, ininterruptamente, num elevador comercial sempre lotado, de onde se recusa a sair. Numa linguagem arrojada, em que recordações são entrecortadas por vozes de diferentes interlocutores, a autora promove um percurso original e surpreendente. "Em seu livro de estreia, Izilda Bichara traz para nossa literatura um espaço pouco utilizado em contos e romances: o elevador. É verdade que esse meio de transporte tão banal, tão vertical, tem aparecido com certa frequência no cinema e na tevê. Mas não da maneira original como Izilda maquinou. No cinema e na tevê o elevador só vira protagonista quando quebra ou para por falta de energia elétrica, aprisionando as pessoas contra a sua vontade. Nesta breve ficção de Izilda — podem ficar sossegados, os leitores cardíacos — o elevador não quebra nunca. Seria óbvio demais. A tensão entre os enclausurados pega fogo de outro modo. Na cadência das polias e das engrenagens, as lembranças do doutor Alceu vão ladeira acima, ladeira abaixo. É tão estranha e pungente a persistência do velho advogado, que logo começamos a simpatizar com ele. A torcer por ele. A sussurrar em seu ouvido: — Não desce, não, Alceu." (trecho do prefácio de Luiz Bras)