Author: | Fernando Pessoa | ISBN: | 1230000208673 |
Publisher: | Z Edições | Publication: | January 10, 2014 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Fernando Pessoa |
ISBN: | 1230000208673 |
Publisher: | Z Edições |
Publication: | January 10, 2014 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Diz-se que Alberto Caeiro da Silva nasceu em Lisboa, no ano de 1889, no dia 16 de Abril e morreu na mesma cidade, no ano de 1915. Também diz-se que ele, apesar de ter nascido (e morrido) na capital, vivera toda a sua vida no campo, sem ter tido instrução ou educação além da básica, fundamental. Era órfão de pai e mãe e vivia do pouco que sua terra, arrendada, lhe fornecia, com uma tia-avó que lhe acompanhava.
Diz-se isso da maior criação de Fernando Pessoa. É o próprio autor que lhe traça a biografia e, por ironia, tece no seu personagem mais “matuto”, os maiores arroubos filosóficos que sua mente prolífica produz em texto. É o texto que Pessoa produz que molda a vida do seu melhor heterônimo. A linguagem simples e limitada, a percepção da vida pouco sofisticada, mas imbuída de uma sensibilidade transcendental é quem dá a vida ao “escritor”. Alberto Caeiro nasce do texto que lhe é atribuído, é a obra fazendo o “obreiro”, a reversão do processo em texto.
Ele surge como uma resposta de Pessoa à poesia simbolista, bebendo das mesmas fontes, das mesmas metáforas, mas com um viés mais concreto, sem alegorias desnecessárias. Desconstrói o racionalismo e a intelectualidade, substituindo esse processo por uma vivência mais material e sinestésica. Ele incorpora os princípios Epicurianos num viés indireto, sem pedantismo e sem citar nomes e referências. Basta viver a vida para entendê-la, para transcendê-la. É a prática do “realismo sensorial”, numa rejeição às elucubrações da poesia simbolista.
Diz-se que Alberto Caeiro da Silva nasceu em Lisboa, no ano de 1889, no dia 16 de Abril e morreu na mesma cidade, no ano de 1915. Também diz-se que ele, apesar de ter nascido (e morrido) na capital, vivera toda a sua vida no campo, sem ter tido instrução ou educação além da básica, fundamental. Era órfão de pai e mãe e vivia do pouco que sua terra, arrendada, lhe fornecia, com uma tia-avó que lhe acompanhava.
Diz-se isso da maior criação de Fernando Pessoa. É o próprio autor que lhe traça a biografia e, por ironia, tece no seu personagem mais “matuto”, os maiores arroubos filosóficos que sua mente prolífica produz em texto. É o texto que Pessoa produz que molda a vida do seu melhor heterônimo. A linguagem simples e limitada, a percepção da vida pouco sofisticada, mas imbuída de uma sensibilidade transcendental é quem dá a vida ao “escritor”. Alberto Caeiro nasce do texto que lhe é atribuído, é a obra fazendo o “obreiro”, a reversão do processo em texto.
Ele surge como uma resposta de Pessoa à poesia simbolista, bebendo das mesmas fontes, das mesmas metáforas, mas com um viés mais concreto, sem alegorias desnecessárias. Desconstrói o racionalismo e a intelectualidade, substituindo esse processo por uma vivência mais material e sinestésica. Ele incorpora os princípios Epicurianos num viés indireto, sem pedantismo e sem citar nomes e referências. Basta viver a vida para entendê-la, para transcendê-la. É a prática do “realismo sensorial”, numa rejeição às elucubrações da poesia simbolista.