Este volume narra a historia de umas bodas de sangue, legitimadas por um razoavel contrato de agregac?o, seguido, ao longo de sessenta anos, por frequentes episodios de violencia domestica. O contrato de agregac?o, aprovado pelas Cortes de Tomar, garantia formalmente a Portugal a continuidade das suas instituic?es, das suas leis gerais, mas retirava- lhe a independencia, proporcionada por um . A politica, a paz e a guerra passaram a ser tracadas em Madrid. E o contrato de agregac?o n?o era entre parceiros iguais. Basta um apontamento para que n?o restem duvidas. Os titulares de Castela dialogavam com o rei de chapeu na cabeca, mas os duques de Braganca, de Aveiro, os titulares e fidalgos portugueses tinham de tirar o chapeu ou o barrete. A agregac?o dos Estados e territorios da Peninsula sob a coroa dos Filipes n?o seguiu um ideal de uni?o de iguais nem assentava num sentimento dominante de identidade hispanica. Materializava a ambic?o de juntar mais territorio, mais soldados, mais riqueza para manter e ampliar a posic?o dominante e prosseguir a cruzada utopica de restabelecer, sobre a Europa luterana e calvinista, a monarquia universal catolica e de a alargar aos povos dos outros continentes, com as armadas de comercio, de guerra, e a pregac?o dos soldados de Cristo.
Este volume narra a historia de umas bodas de sangue, legitimadas por um razoavel contrato de agregac?o, seguido, ao longo de sessenta anos, por frequentes episodios de violencia domestica. O contrato de agregac?o, aprovado pelas Cortes de Tomar, garantia formalmente a Portugal a continuidade das suas instituic?es, das suas leis gerais, mas retirava- lhe a independencia, proporcionada por um . A politica, a paz e a guerra passaram a ser tracadas em Madrid. E o contrato de agregac?o n?o era entre parceiros iguais. Basta um apontamento para que n?o restem duvidas. Os titulares de Castela dialogavam com o rei de chapeu na cabeca, mas os duques de Braganca, de Aveiro, os titulares e fidalgos portugueses tinham de tirar o chapeu ou o barrete. A agregac?o dos Estados e territorios da Peninsula sob a coroa dos Filipes n?o seguiu um ideal de uni?o de iguais nem assentava num sentimento dominante de identidade hispanica. Materializava a ambic?o de juntar mais territorio, mais soldados, mais riqueza para manter e ampliar a posic?o dominante e prosseguir a cruzada utopica de restabelecer, sobre a Europa luterana e calvinista, a monarquia universal catolica e de a alargar aos povos dos outros continentes, com as armadas de comercio, de guerra, e a pregac?o dos soldados de Cristo.