Author: | CLEBERSON EDUARDO DA COSTA | ISBN: | 1230002254210 |
Publisher: | FUNCEC - PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO | Publication: | April 5, 2018 |
Imprint: | 1 | Language: | Portuguese |
Author: | CLEBERSON EDUARDO DA COSTA |
ISBN: | 1230002254210 |
Publisher: | FUNCEC - PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO |
Publication: | April 5, 2018 |
Imprint: | 1 |
Language: | Portuguese |
(A5, 140 P.)
Diz-se, há tempos, que existe crime organizado no Brasil. Concorda-se, é óbvio, porém, em outro sentido: pensa-se sim que existe crime organizado em nosso país, mas que ele não está, em seu pleno potencial lesivo à sociedade e aos cidadãos de bem, como muitos acreditam, nas favelas, nos morros, nos guetos, nos presídios e nem tampouco em qualquer bairro de periferia onde bandidos das mais diferentes facções comandam tráficos de drogas, roubos etc., e sim no meio político.
Explica-se:
Traficantes ou bandidos, quase sempre todos excluídos sociais ou destituídos de capital-cultural e/ou saber-poder-político; quase sempre todos à margem da vida social, ainda que aspirem, ainda que sejam usados por gente graúda para a lavagem de dinheiro e etc., não possuem condições de organização criminosa:
Ao nível dos cartéis políticos;
Ao nível dos mafiosos políticos;
Ao nível daqueles que têm – além dos poderes econômico e financeiro – também o poder das forças de inteligência e coerção do Estado em suas mãos.
Em outras palavras, a política, no Brasil, como historicamente e ainda hoje nos têm demonstrado os inúmeros casos de corrupção e mortes nunca ou quase sempre mal esclarecidos, com raras exceções, sem sombra de dúvidas:
É o único e real crime organizado que existe;
É a verdadeira máfia que, há séculos – em nome da preservação de um status quo burguês ou capitalista – atua no Brasil.
Em nome da política, isto é, por meio de políticos mafiosos (que são quase todos em nosso país), por exemplo, manda-se matar ou prender; condenar ou absolver; destruir ou refazer; retirar do poder ou reeleger sem a interveniência e/ou com a conveniência de qualquer outro dito poder.
Nenhum poder, não somente no Brasil, uma vez que o mesmo está e historicamente sempre esteve atrelado ao poder econômico – embora possa haver quem pense diferente – é superior ao poder da máfia política.
Isto é, não existe nada de mais nefasto a qualquer sociedade do que o poder político quando este é exercido, como quase sempre tem sido, por e/ou em nome das “flores do mal e/ou dos chamados bandidos do colarinho branco”. Nietzsche (1844-1900) estava certo quando, por exemplo, numa crítica feroz à política alemã do séc. XIX, visando alertar-nos sobre a essência da classe política, escreveu:
Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos. (Nietzsche, F.)
II
A máfia política brasileira, aliada à estrangeira, em pleno alvorecer do séc. XXI, mesmo em face da atenção da opinião pública mundial, desde o estouro dos casos de corrupção e da questionada e antidemocrática assunção à presidência de Michel Temer em lugar de Dilma Rousseff, sem qualquer aparente temor, com a condenação (ao que se supõe) política do ex-presidente Lula:
Colocou, como mais uma das tantas vezes na história da política brasileira, as asas de fora. Isto é:
Mostrou e/ou tem demonstrado ao mundo as atrocidades de que é capaz e de que, como não deixa mentir a própria história, ao que se subentende, orgulha-se também de ser.
III
O livro, nas partes I e II – epistemologicamente fundamentado em axiomas de Hannah Arendt, Aristóteles, David Hume, Edmund Husserl, Francis Bacon, Immanuel Kant, Norberto Bobbio, Nietzsche etc. – analisa e problematiza de forma técnica e filosófica a condenação do ex-presidente Lula. Na parte III – como complemento teórico – esboça-se uma visão crítica sobre a origem do homem totalitário (nazista, fascista etc.) em sua ética antiética grupal ou classista (conservadora). Isto é, política, sedimentada no hábito histórico de trivializar e/ou de banalizar a prática do mal (exclusão social, barbárie, genocídio, biocídio, xenofobia, racismo, antissemitismo, misoginia, apartheid, neocolonialismo, neoimperialismo, capitalismo selvagem etc.).
O autor
(A5, 140 P.)
Diz-se, há tempos, que existe crime organizado no Brasil. Concorda-se, é óbvio, porém, em outro sentido: pensa-se sim que existe crime organizado em nosso país, mas que ele não está, em seu pleno potencial lesivo à sociedade e aos cidadãos de bem, como muitos acreditam, nas favelas, nos morros, nos guetos, nos presídios e nem tampouco em qualquer bairro de periferia onde bandidos das mais diferentes facções comandam tráficos de drogas, roubos etc., e sim no meio político.
Explica-se:
Traficantes ou bandidos, quase sempre todos excluídos sociais ou destituídos de capital-cultural e/ou saber-poder-político; quase sempre todos à margem da vida social, ainda que aspirem, ainda que sejam usados por gente graúda para a lavagem de dinheiro e etc., não possuem condições de organização criminosa:
Ao nível dos cartéis políticos;
Ao nível dos mafiosos políticos;
Ao nível daqueles que têm – além dos poderes econômico e financeiro – também o poder das forças de inteligência e coerção do Estado em suas mãos.
Em outras palavras, a política, no Brasil, como historicamente e ainda hoje nos têm demonstrado os inúmeros casos de corrupção e mortes nunca ou quase sempre mal esclarecidos, com raras exceções, sem sombra de dúvidas:
É o único e real crime organizado que existe;
É a verdadeira máfia que, há séculos – em nome da preservação de um status quo burguês ou capitalista – atua no Brasil.
Em nome da política, isto é, por meio de políticos mafiosos (que são quase todos em nosso país), por exemplo, manda-se matar ou prender; condenar ou absolver; destruir ou refazer; retirar do poder ou reeleger sem a interveniência e/ou com a conveniência de qualquer outro dito poder.
Nenhum poder, não somente no Brasil, uma vez que o mesmo está e historicamente sempre esteve atrelado ao poder econômico – embora possa haver quem pense diferente – é superior ao poder da máfia política.
Isto é, não existe nada de mais nefasto a qualquer sociedade do que o poder político quando este é exercido, como quase sempre tem sido, por e/ou em nome das “flores do mal e/ou dos chamados bandidos do colarinho branco”. Nietzsche (1844-1900) estava certo quando, por exemplo, numa crítica feroz à política alemã do séc. XIX, visando alertar-nos sobre a essência da classe política, escreveu:
Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos. (Nietzsche, F.)
II
A máfia política brasileira, aliada à estrangeira, em pleno alvorecer do séc. XXI, mesmo em face da atenção da opinião pública mundial, desde o estouro dos casos de corrupção e da questionada e antidemocrática assunção à presidência de Michel Temer em lugar de Dilma Rousseff, sem qualquer aparente temor, com a condenação (ao que se supõe) política do ex-presidente Lula:
Colocou, como mais uma das tantas vezes na história da política brasileira, as asas de fora. Isto é:
Mostrou e/ou tem demonstrado ao mundo as atrocidades de que é capaz e de que, como não deixa mentir a própria história, ao que se subentende, orgulha-se também de ser.
III
O livro, nas partes I e II – epistemologicamente fundamentado em axiomas de Hannah Arendt, Aristóteles, David Hume, Edmund Husserl, Francis Bacon, Immanuel Kant, Norberto Bobbio, Nietzsche etc. – analisa e problematiza de forma técnica e filosófica a condenação do ex-presidente Lula. Na parte III – como complemento teórico – esboça-se uma visão crítica sobre a origem do homem totalitário (nazista, fascista etc.) em sua ética antiética grupal ou classista (conservadora). Isto é, política, sedimentada no hábito histórico de trivializar e/ou de banalizar a prática do mal (exclusão social, barbárie, genocídio, biocídio, xenofobia, racismo, antissemitismo, misoginia, apartheid, neocolonialismo, neoimperialismo, capitalismo selvagem etc.).
O autor