Folhas Cahidas, Apanhadas Na Lama Por Um Antigo Juiz Das Almas De Campanhan

Nonfiction, Religion & Spirituality, New Age, History, Fiction & Literature
Cover of the book Folhas Cahidas, Apanhadas Na Lama Por Um Antigo Juiz Das Almas De Campanhan by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, Library of Alexandria
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco ISBN: 9781465566058
Publisher: Library of Alexandria Publication: July 29, 2009
Imprint: Library of Alexandria Language: Portuguese
Author: Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
ISBN: 9781465566058
Publisher: Library of Alexandria
Publication: July 29, 2009
Imprint: Library of Alexandria
Language: Portuguese
EPYSTOLA AO EXCM.o VISCONDE DE ATHOGUIA EM DUAS VIDAS; MINISTRO DA MARINHA DOS TRES BRIGUES, E DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS... AO SENSO COMMUM. Illustre paspalhão, pasmo dos orbes, Nata da estupidez, alcool dos parvos, De Campanhan o bardo te sauda! Eu nunca fui sentar-me á tua porta, Mendigando mercês; nunca os meus cantos, Fedendo ao macassar da vil lisonja, As nedeas ventas incensar te foram! É livre a minha voz: creiam-me os povos! Nobre feudo pagar aos grandes parvos É do bardo a missão. A minha é esta. Ha muito que eu de ti pasmado andava, Contando á minha Antonia, e aos pequenos, O nome que no peito escripto tinha. Em casa do Francisco da Thomasia Os teus discursos li, Visconde incrivel! N'aquellas chatas caras que me ouviam, Vi faiscas saltar de enthusiasmo. Bebêmos-te á saude, a rego cheio! E, no excesso do goso, os teus amigos Não podiam lamber-se... eram uns cachos! Tu, mais novo que o neto, ousado Gorgias, Ha pouco trituraste os cabralistas No rijo almofariz do craneo ôco. Salvaste Roma, ó ganço!.. se não grasnas Piravam-se os taes páos[1] e a Lusitania, Viuva dos seus páos, ia-se á mingua! És o Curcio das lonas, que remiste[2] Do jogo infame da Albion perversa A patria dos Affonsos e Affonsinhos! A divida fatal, chamada externa, Saldaste-a c'o producto dessas chapas, Em que fica chapada a crassa asneira, Eterna viscondessa d'Athoguia! Do Conde de Thomar se intitulava O patacho fatal, terror dos povos! Fulminaste o patacho! A Europa accesa, Pedira-te energia audaciosa. Passaste heroica esponja sobre o nome, E fizeste callar a voz da Europa! Ó Jervis! tu nem sabes quanto vales! Que o diga Campanhan, Valbom, S. Cosme, Onde eu pude chegar, e a minha Antonia. A machado e eixó, de páo castanho, Um busto construí: era o teu busto. Teu nome eternisei, nome que teve Um u, maldito u, que tantas febres Na mente escandecida te abrazára! Não sei se diga mais, palavra d'honra! Com esta não te enfado mais, visconde. Não desdenhes vaidoso a offerta humilde, Que mesquinho reptil aos pés te arrasta. Recebe dusia e meia de lampreias, Cosinhadas por mim; são de escabeche... A proposito, amigo, ha quanto tempo Conservas de escabeche a intelligencia? [1] S. exc.a mandou vender os páos, porque deu na melgueira d'uns empregados, que os regeneravam á surelfa, com grave detrimento da marinha portugueza. [2] S. exc.a vendeu umas lonas, cujo producto fez subir os fundos em Londres, e permittiu a construcção de trinta navios de guerra, com que s. exc.a espera «sulcar as salsas ondas d'Amphitrite,» segundo a gravissima opinião do snr. J. M. Grande
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
EPYSTOLA AO EXCM.o VISCONDE DE ATHOGUIA EM DUAS VIDAS; MINISTRO DA MARINHA DOS TRES BRIGUES, E DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS... AO SENSO COMMUM. Illustre paspalhão, pasmo dos orbes, Nata da estupidez, alcool dos parvos, De Campanhan o bardo te sauda! Eu nunca fui sentar-me á tua porta, Mendigando mercês; nunca os meus cantos, Fedendo ao macassar da vil lisonja, As nedeas ventas incensar te foram! É livre a minha voz: creiam-me os povos! Nobre feudo pagar aos grandes parvos É do bardo a missão. A minha é esta. Ha muito que eu de ti pasmado andava, Contando á minha Antonia, e aos pequenos, O nome que no peito escripto tinha. Em casa do Francisco da Thomasia Os teus discursos li, Visconde incrivel! N'aquellas chatas caras que me ouviam, Vi faiscas saltar de enthusiasmo. Bebêmos-te á saude, a rego cheio! E, no excesso do goso, os teus amigos Não podiam lamber-se... eram uns cachos! Tu, mais novo que o neto, ousado Gorgias, Ha pouco trituraste os cabralistas No rijo almofariz do craneo ôco. Salvaste Roma, ó ganço!.. se não grasnas Piravam-se os taes páos[1] e a Lusitania, Viuva dos seus páos, ia-se á mingua! És o Curcio das lonas, que remiste[2] Do jogo infame da Albion perversa A patria dos Affonsos e Affonsinhos! A divida fatal, chamada externa, Saldaste-a c'o producto dessas chapas, Em que fica chapada a crassa asneira, Eterna viscondessa d'Athoguia! Do Conde de Thomar se intitulava O patacho fatal, terror dos povos! Fulminaste o patacho! A Europa accesa, Pedira-te energia audaciosa. Passaste heroica esponja sobre o nome, E fizeste callar a voz da Europa! Ó Jervis! tu nem sabes quanto vales! Que o diga Campanhan, Valbom, S. Cosme, Onde eu pude chegar, e a minha Antonia. A machado e eixó, de páo castanho, Um busto construí: era o teu busto. Teu nome eternisei, nome que teve Um u, maldito u, que tantas febres Na mente escandecida te abrazára! Não sei se diga mais, palavra d'honra! Com esta não te enfado mais, visconde. Não desdenhes vaidoso a offerta humilde, Que mesquinho reptil aos pés te arrasta. Recebe dusia e meia de lampreias, Cosinhadas por mim; são de escabeche... A proposito, amigo, ha quanto tempo Conservas de escabeche a intelligencia? [1] S. exc.a mandou vender os páos, porque deu na melgueira d'uns empregados, que os regeneravam á surelfa, com grave detrimento da marinha portugueza. [2] S. exc.a vendeu umas lonas, cujo producto fez subir os fundos em Londres, e permittiu a construcção de trinta navios de guerra, com que s. exc.a espera «sulcar as salsas ondas d'Amphitrite,» segundo a gravissima opinião do snr. J. M. Grande

More books from Library of Alexandria

Cover of the book Dorothy at Oak Knowe by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Re-Taming of the Shrew a Shakespearean Travesty in One Act by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Divine Love by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book The Kentucky Warbler by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Washington: Its Sights and Insights 1909 by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book The Book of God in The Light of The Higher Criticism by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Salaman and Absal by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Auf der Universitat Lore by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Old Mary by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book The Robert W. Gordon "Inferno" Collection by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Gleanings From Ancient Stories by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book A Letter to the Right Hon. Lord Bexley: Containing a Statement to the Committee of the British and Foreign Bible Society by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Exempting The Churches: An Argument for The Abolition of This Unjust and Unconstitutional Practice by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book Outlines of a Philosophy of Religion Based on Psychology and History by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Cover of the book The Law of Hemlock Mountain by Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy