Antonio Costa gosta de puzzles, de preferencia com milhares de pecas. No xadrez politico, e apesar do temperamento irascivel, revela igual paciencia. Quando no dia 4 de outubro de 2016 perdeu as eleic?es, ja estava preparado, sabia o que tinha a fazer. Passados 54 dias, ao ser nomeado primeiro-ministro, pode ter surpreendido muita gente - mas n?o quem o conhece de perto. Porque, la esta, Costa e um mestre a montar puzzles. Ou geringoncas. Ou o que for necessario para alcancar os objetivos. E o seu designio era ser primeiro-ministro. Suspeitava que n?o iria vencer as eleic?es, mas so um resultado o impediria de tentar chegar ao poder: a maioria absoluta da direita. Conversou, inquiriu, tomou o pulso aos rivais e aliados. Foi semeando a mensagem: mesmo derrotado, tentaria unir a esquerda em torno do seu governo. N?o foi facil, como mostram Marcia Galr?o e Rita Tavares. As jornalistas falaram com quase meia centena de intervenientes diretos e indiretos nestas negociac?es historicas. E relatam neste livro os principais passos de Costa, apoiado sempre na certeza de que os comunistas - inimigos historicos do PS - estavam disponiveis para negociar. Acompanhamos Costa (e aliados) as salas de hoteis, a S?o Bento ou ao Largo do Rato. Espreitamos as reuni?es do Comite Central. Ficamos a saber do telefonema entre Costa e Francisco Louc? no dia anterior as eleic?es ou o encontro secreto em casa de Ana Catarina Mendes. E apercebemo-nos de que aqueles dias foram, na verdade, o corolario de um trabalho de decadas. A construir aliancas e a sacrificar amigos.
Antonio Costa gosta de puzzles, de preferencia com milhares de pecas. No xadrez politico, e apesar do temperamento irascivel, revela igual paciencia. Quando no dia 4 de outubro de 2016 perdeu as eleic?es, ja estava preparado, sabia o que tinha a fazer. Passados 54 dias, ao ser nomeado primeiro-ministro, pode ter surpreendido muita gente - mas n?o quem o conhece de perto. Porque, la esta, Costa e um mestre a montar puzzles. Ou geringoncas. Ou o que for necessario para alcancar os objetivos. E o seu designio era ser primeiro-ministro. Suspeitava que n?o iria vencer as eleic?es, mas so um resultado o impediria de tentar chegar ao poder: a maioria absoluta da direita. Conversou, inquiriu, tomou o pulso aos rivais e aliados. Foi semeando a mensagem: mesmo derrotado, tentaria unir a esquerda em torno do seu governo. N?o foi facil, como mostram Marcia Galr?o e Rita Tavares. As jornalistas falaram com quase meia centena de intervenientes diretos e indiretos nestas negociac?es historicas. E relatam neste livro os principais passos de Costa, apoiado sempre na certeza de que os comunistas - inimigos historicos do PS - estavam disponiveis para negociar. Acompanhamos Costa (e aliados) as salas de hoteis, a S?o Bento ou ao Largo do Rato. Espreitamos as reuni?es do Comite Central. Ficamos a saber do telefonema entre Costa e Francisco Louc? no dia anterior as eleic?es ou o encontro secreto em casa de Ana Catarina Mendes. E apercebemo-nos de que aqueles dias foram, na verdade, o corolario de um trabalho de decadas. A construir aliancas e a sacrificar amigos.