A Vida Feliz

Da Vita Deata - Da Felicidade

Nonfiction, Religion & Spirituality, Philosophy, Political, Ethics & Moral Philosophy, Health & Well Being, Self Help, Self Improvement
Cover of the book A Vida Feliz by Sêneca, Montecristo Editora
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Sêneca ISBN: 9781619651296
Publisher: Montecristo Editora Publication: September 3, 2018
Imprint: Montecristo Editora Language: Portuguese
Author: Sêneca
ISBN: 9781619651296
Publisher: Montecristo Editora
Publication: September 3, 2018
Imprint: Montecristo Editora
Language: Portuguese

"

O ensaio A Vida Feliz foi escrito por volta do ano 58 dC., destinado ao seu irmão mais velho, Gálio.

A principal coisa a entender sobre o texto é o próprio título: 'Feliz' aqui não tem a conotação moderna de se sentir bem, mas é o equivalente da palavra grega eudaimonia, que é melhor compreendida como uma vida digna de ser vivida, um estado de plenitude do ser. Para Sêneca e para os estoicos, a única vida que vale a pena ser vivida é aquela de retidão moral, o tipo de existência à qual olhamos no final e podemos dizer honestamente que não nos envergonhamos.

Logo no primeiro parágrafo Sêneca dá a linha da argumentação estoica: Não devemos ter a felicidade como objetivo: “não é fácil alcançar a felicidade já que quanto mais avidamente um homem se esforça para alcançá-la mais ele se afasta”. A solução é ter como objetivo a virtude. A felicidade será consequência.

Sêneca faz grande oposição ao epicurismo, corrente filosófica que valoriza o prazer como fonte de felicidade, como vemos no capítulo X: “Você se dedica aos prazeres, eu os controlo; você se entrega ao prazer, eu o uso; você pensa que é o bem maior, eu nem penso que seja bom: por prazer não faço nada, você faz tudo.” No XV, Sêneca explica por que não se pode simplesmente associar a virtude ao prazer. O problema é que, mais cedo ou mais tarde, o prazer o levará a territórios não virtuosos: “Você não oferece à virtude uma base sólida e imóvel se você a colocar sobre o que é instável”.

O livro fornece uma lista de regras pelas quais Sêneca está tentando viver. Vale a pena considerá-las na íntegra:

• Eu vou encarar a morte ou a vida a mesma expressão de semblante;

• Eu desprezarei as riquezas quando as tiver tanto quanto quando não as tiver;

• Verei todas as terras como se pertencessem a mim, e as minhas terras como se pertencessem a toda a humanidade;

• Seja o que for que eu possua, eu não vou acumulá-lo avidamente nem o desperdiçar de forma imprudente;

• Não farei nada por causa da opinião pública, mas tudo por causa da consciência;

• Ao comer e beber, meu objetivo é extinguir os desejos da natureza, não encher e esvaziar minha barriga;

• Eu serei agradável com meus amigos, gentil e suave com meus inimigos;

• Sempre que a Natureza exigir minha vida, ou a razão me pedir que a rejeite, vou desistir desta vida, chamando a todos para testemunhar que amei uma boa consciência e boas atividades;

A profundidade do pensamento, a vivacidade do estilo e os ricos exemplos que o filósofo apresenta para confirmar suas teses tornam a leitura de “A Vida Feliz” extremamente prazerosa.

"

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

"

O ensaio A Vida Feliz foi escrito por volta do ano 58 dC., destinado ao seu irmão mais velho, Gálio.

A principal coisa a entender sobre o texto é o próprio título: 'Feliz' aqui não tem a conotação moderna de se sentir bem, mas é o equivalente da palavra grega eudaimonia, que é melhor compreendida como uma vida digna de ser vivida, um estado de plenitude do ser. Para Sêneca e para os estoicos, a única vida que vale a pena ser vivida é aquela de retidão moral, o tipo de existência à qual olhamos no final e podemos dizer honestamente que não nos envergonhamos.

Logo no primeiro parágrafo Sêneca dá a linha da argumentação estoica: Não devemos ter a felicidade como objetivo: “não é fácil alcançar a felicidade já que quanto mais avidamente um homem se esforça para alcançá-la mais ele se afasta”. A solução é ter como objetivo a virtude. A felicidade será consequência.

Sêneca faz grande oposição ao epicurismo, corrente filosófica que valoriza o prazer como fonte de felicidade, como vemos no capítulo X: “Você se dedica aos prazeres, eu os controlo; você se entrega ao prazer, eu o uso; você pensa que é o bem maior, eu nem penso que seja bom: por prazer não faço nada, você faz tudo.” No XV, Sêneca explica por que não se pode simplesmente associar a virtude ao prazer. O problema é que, mais cedo ou mais tarde, o prazer o levará a territórios não virtuosos: “Você não oferece à virtude uma base sólida e imóvel se você a colocar sobre o que é instável”.

O livro fornece uma lista de regras pelas quais Sêneca está tentando viver. Vale a pena considerá-las na íntegra:

• Eu vou encarar a morte ou a vida a mesma expressão de semblante;

• Eu desprezarei as riquezas quando as tiver tanto quanto quando não as tiver;

• Verei todas as terras como se pertencessem a mim, e as minhas terras como se pertencessem a toda a humanidade;

• Seja o que for que eu possua, eu não vou acumulá-lo avidamente nem o desperdiçar de forma imprudente;

• Não farei nada por causa da opinião pública, mas tudo por causa da consciência;

• Ao comer e beber, meu objetivo é extinguir os desejos da natureza, não encher e esvaziar minha barriga;

• Eu serei agradável com meus amigos, gentil e suave com meus inimigos;

• Sempre que a Natureza exigir minha vida, ou a razão me pedir que a rejeite, vou desistir desta vida, chamando a todos para testemunhar que amei uma boa consciência e boas atividades;

A profundidade do pensamento, a vivacidade do estilo e os ricos exemplos que o filósofo apresenta para confirmar suas teses tornam a leitura de “A Vida Feliz” extremamente prazerosa.

"

More books from Montecristo Editora

Cover of the book Oração aos Moços by Sêneca
Cover of the book História das Invenções by Sêneca
Cover of the book O homem que sabia Javanês e Outros Contos by Sêneca
Cover of the book Os Direitos Humanos Na Idade Mídia by Sêneca
Cover of the book O Mulato by Sêneca
Cover of the book Cidades Mortas by Sêneca
Cover of the book Emília no País da Gramática by Sêneca
Cover of the book Amor de Perdição by Sêneca
Cover of the book Peter Pan by Sêneca
Cover of the book A Divina Comédia by Sêneca
Cover of the book As Viagens de Gulliver by Sêneca
Cover of the book Cartas de um Estoico, Volume III by Sêneca
Cover of the book Quincas Borba by Sêneca
Cover of the book O Primo Basilio by Sêneca
Cover of the book Ilíada by Sêneca
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy