Imagine que Portugal saiu do euro. No dia seguinte, como vamos viver com o novo Escudo?Portugal está a ficar sem alternativas. Já vimos que a austeridade não apenas destruiu a economia, como ameaça continuar a destruí-la durante décadas. A reestruturação da dívida que Francisco Louçã tem defendido foi sistematicamente recusada. E da União Europeia pouco podemos esperar: o Tratado Orçamental apenas alargará ainda mais o fosso entre o centro da Europa e as suas periferias, entre os ricos e os pobres. O que nos resta então? No contexto actual, mais do que debater a saída de Portugal do Euro conforme defende há anos João Ferreira do Amaral assumimos uma hipótese muito realista: a de que Portugal pode não ter outra alternativa. Quer por vontade própria, quer por força das circunstâncias pois o frágil edifício da moeda única dificilmente resistirá a uma nova crise ou à eternização da actual.A Hipótese Novo Escudo parte assim do contexto em que a saída do Euro seria um facto consumado. Os autores não debatem as vantagens ou desvantagens da opção. Preferem, isso sim, responder aos seguintes problemas concretos: sairemos ou seremos empurrados? E se sairmos, será com ou sem o acordo da União Europeia?Francisco Louçã é professor catedrático de economia na Universidade de Lisboa. Foi deputado (1999-2012). Publicou artigos científicos e livros que foram traduzidos em onze línguas. Entre outros livros e nos últimos anos: Portugal Agrilhoado (2011), e, em co-autoria, Os Donos de Portugal (2010), A Dividadura (2012), Isto é um Assalto (2013), Os Donos Angolanos de Portugal (2014) e Os Burgueses (2014). João Ferreira do Amaral, natural de Lisboa, licenciou-se e doutorou-se em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, onde foi Professor Catedrático durante 15 anos. Leccionou também na Universidade do Porto, na Universidade do Algarve, na Universidade Católica (Lisboa), na Universidade da Ásia Oriental (Macau), no Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação (Universidade Nova de Lisboa) e no Instituto Superior de Gestão. Fora do universo académico ocupou vários cargos, como director-geral do Departamento Central de Planeamento, director do Gabinete de Estudos Económicos do INE, Assessor do Presidente da República (de 1991 a 2000) e Membro dos Comités de Política Económica da OCDE e da então CEE (1984-89). Actualmente, para além de membro do Conselho Económico e Social, é investigador da UECE- Unidade de Estudos para a Complexidade na Economia (centro do ISEG).
Imagine que Portugal saiu do euro. No dia seguinte, como vamos viver com o novo Escudo?Portugal está a ficar sem alternativas. Já vimos que a austeridade não apenas destruiu a economia, como ameaça continuar a destruí-la durante décadas. A reestruturação da dívida que Francisco Louçã tem defendido foi sistematicamente recusada. E da União Europeia pouco podemos esperar: o Tratado Orçamental apenas alargará ainda mais o fosso entre o centro da Europa e as suas periferias, entre os ricos e os pobres. O que nos resta então? No contexto actual, mais do que debater a saída de Portugal do Euro conforme defende há anos João Ferreira do Amaral assumimos uma hipótese muito realista: a de que Portugal pode não ter outra alternativa. Quer por vontade própria, quer por força das circunstâncias pois o frágil edifício da moeda única dificilmente resistirá a uma nova crise ou à eternização da actual.A Hipótese Novo Escudo parte assim do contexto em que a saída do Euro seria um facto consumado. Os autores não debatem as vantagens ou desvantagens da opção. Preferem, isso sim, responder aos seguintes problemas concretos: sairemos ou seremos empurrados? E se sairmos, será com ou sem o acordo da União Europeia?Francisco Louçã é professor catedrático de economia na Universidade de Lisboa. Foi deputado (1999-2012). Publicou artigos científicos e livros que foram traduzidos em onze línguas. Entre outros livros e nos últimos anos: Portugal Agrilhoado (2011), e, em co-autoria, Os Donos de Portugal (2010), A Dividadura (2012), Isto é um Assalto (2013), Os Donos Angolanos de Portugal (2014) e Os Burgueses (2014). João Ferreira do Amaral, natural de Lisboa, licenciou-se e doutorou-se em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, onde foi Professor Catedrático durante 15 anos. Leccionou também na Universidade do Porto, na Universidade do Algarve, na Universidade Católica (Lisboa), na Universidade da Ásia Oriental (Macau), no Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação (Universidade Nova de Lisboa) e no Instituto Superior de Gestão. Fora do universo académico ocupou vários cargos, como director-geral do Departamento Central de Planeamento, director do Gabinete de Estudos Económicos do INE, Assessor do Presidente da República (de 1991 a 2000) e Membro dos Comités de Política Económica da OCDE e da então CEE (1984-89). Actualmente, para além de membro do Conselho Económico e Social, é investigador da UECE- Unidade de Estudos para a Complexidade na Economia (centro do ISEG).