Ao fim de dois dias de viagem por montes e vales até à aldeia do Minho onde vive a sua tia Doroteia, o jovem e sofisticado Henrique de Souselas está capaz de mandar ao diabo o médico que lhe garantiu que era no campo que estava a cura dos seus males de melancolia, criados, dizia o médico, pela sua vida ociosa de jovem rico em Lisboa. No entanto, basta o primeiro dia que passa na aldeia para começar a vislumbrar jovens encantadoras que o despertam para os encantos da vida rural. A obra mais elaborada e respeitada do cirurgião e professor da Escola Médico Cirúrgica do Porto Joaquim Guilherme Gomes Coelho, mais conhecido pelo pseudónimo de Júlio Dinis, é sem dúvida A Morgadinha dos Canaviais. A intriga sentimental tem protagonistas menos convencionais que os outros romances do autor (deixou completos Uma Família Inglesa, As Pupilas do Senhor Reitor e Os Fidalgos da Casa Mourisca, além da própria Morgadinha dos Canaviais) e o pano de fundo histórico seduz-nos ainda. De resto, o lado cor de rosa, o enredo amoroso, é um dos aspetos da Morgadinha dos Canaviais que ainda hoje continuam a angariar-lhe leitores, mesmo entre as pessoas que só raramente pegam em livros, e não só em Portugal mas em todos os países de língua portuguesa.
Ao fim de dois dias de viagem por montes e vales até à aldeia do Minho onde vive a sua tia Doroteia, o jovem e sofisticado Henrique de Souselas está capaz de mandar ao diabo o médico que lhe garantiu que era no campo que estava a cura dos seus males de melancolia, criados, dizia o médico, pela sua vida ociosa de jovem rico em Lisboa. No entanto, basta o primeiro dia que passa na aldeia para começar a vislumbrar jovens encantadoras que o despertam para os encantos da vida rural. A obra mais elaborada e respeitada do cirurgião e professor da Escola Médico Cirúrgica do Porto Joaquim Guilherme Gomes Coelho, mais conhecido pelo pseudónimo de Júlio Dinis, é sem dúvida A Morgadinha dos Canaviais. A intriga sentimental tem protagonistas menos convencionais que os outros romances do autor (deixou completos Uma Família Inglesa, As Pupilas do Senhor Reitor e Os Fidalgos da Casa Mourisca, além da própria Morgadinha dos Canaviais) e o pano de fundo histórico seduz-nos ainda. De resto, o lado cor de rosa, o enredo amoroso, é um dos aspetos da Morgadinha dos Canaviais que ainda hoje continuam a angariar-lhe leitores, mesmo entre as pessoas que só raramente pegam em livros, e não só em Portugal mas em todos os países de língua portuguesa.